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Desafios reais no mundo virtual

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Yuno Silva
Repórter

‘ÔOooooo!” Da mesma forma que existe a ola nos estádios de futebol, a interação coletiva que envolve os participantes da Campus Party Natal é uma espécie de grito de guerra crescente, dito pelos mestres de cerimônias e prontamente repetido pela plateia aglomerada na arena principal – cerca de cinco mil pessoas participam da edição potiguar, que irá oferecer 250 horas de conteúdo até o próximo domingo (15). Em cartaz no Centro de Convenções, Via Costeira, a CPNatal tem como fio condutor a temática aeroespacial. Ontem a astrônoma carioca Rosaly Lopes, pesquisadora da Nasa, a agência espacial norte-americana, desde 1991, conversou com os ‘campuseiros’ sobre os resultados da Missão Cassini que explorou o planeta Saturno e seus satélites. O assunto também está presente nas diversas atividades que envolvem estudantes da rede pública que visitam a CPNatal.

Na Arena principal, os campuseiros participam de competições, desenvolvimento de soluções e games em uma verdadeira maratona

Na Arena principal, os ‘campuseiros’ participam de competições,
desenvolvimento de soluções e games em uma verdadeira maratona

A arena principal, onde acontecem as principais palestras espalhadas em cinco palcos simultâneos, é restrita aos inscritos; mas o espaço “Campus Open” oferece atrações lúdicas que utilizam a tecnologia como suporte para o público geral. O acesso é gratuito e segue até este sábado (14), das 10h às 20h, são esperados 50 mil visitantes no período. Na área aberta ao público também é possível ter contato com exemplos do uso da robótica na educação de crianças e adolescentes do Ensino Fundamental, acessar um balcão de ideias com oportunidades para novos negócios e parcerias, lojinha com souvenires do evento, espaço Kids com palestras de profissionais da área de educação que utilizam a tecnologia como ferramenta pedagógica, jogos e muita interatividade.

Mas nem só de entretenimento digital, redes sociais, experimentações de programação, e busca por um lugar ao sol das start-ups (ideias e/ou empresas de tecnologia em começo de carreira) vive o ‘campuseiro’: a programação é extensa, diluída e, no meio desse caldeirão de bits e bytes, o Hacka Space se destaca pela proposta prática de aplicar o conhecimento em soluções reais.

Banco de dados
A Campus Party, iniciativa que surgiu na Espanha em 1997, terá seis edições no Brasil em 2018 e o foco elencado pelos organizadores está em trabalhar na “resolução de problemas sociais” a partir de uma gincana batizada de Hackathon – neologismo que mistura as palavras hacker e maratona. As equipes vencedoras podem ganhar desde prêmios em dinheiro a bolsas de estudos e ingressos para participar da 12ª edição da Campus Party Brasil, que acontece em janeiro em São Paulo.

Equipes trabalham para desenvolver soluções de problemas sociais

Equipes trabalham para desenvolver soluções de problemas sociais

Na CPNatal foram lançados três desafios, todos propõem a criação de soluções a partir do uso de bancos de dados. O primeiro desafio, lançado pela Justiça Federal do RN, é criar uma plataforma, que pode ser um aplicativo, um site, ou qualquer outro sistema, de fácil acesso, consulta e entendimento por parte de quem acessa. O segundo desafio visa trabalhar uma solução para sistematizar e tornar acessível a análise de dados da área de saúde para pesquisadores, gestores públicos e sociedade.

O Governo do RN trouxe demandas do Estado no campo de recursos hídricos, Educação e Segurança Pública. “Disponibilizamos uma biblioteca com informações e dados de poços perfurados pela Semarh (pasta estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) para que seja criado um aplicativo de fácil consulta para embasar pesquisar e ações governamentais”, resumiu Mairton França, titular da pasta.

David Júnior, gestor da área de planejamento e projetos da Justiça Federal do RN, disse que os desafios propostos pela instituição atraíram a atenção de 16 equipes, que terão 36 horas para apresentar uma solução para a problemática lançada. “A ideia é que as equipes desenvolvam soluções para a sociedade ter acesso a esses dados de forma simplificada. Temos propostas de leitura de processos por inteligência artificial, mineração de dados e exposição dinâmicas das informações. Sábado (hoje) vamos saber quais as três equipes vencedoras”, adiantou David.

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