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Descubra o seu gosto pelo vinho

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Descobrir o próprio gosto não é assim tão fácil. Primeiro é preciso se lançar às experiências sensoriais, é preciso provar para aprovar ou reprovar, sem conceitos pré-definidos. Afinal, preconceito não combina com vinho, o que pressupõe que para saber do que gosta é preciso experimentar com imparcialidade, toda diversidade possível do universo de Baco. O julgamento do vinho está repleto de valores subjetivos, mas também de elementos objetivos. Subjetivo é tudo aquilo que percebemos individualmente, é intransferível, único.

Famosa adega futurista La Cité Du Vin, em Bordeaux, na França
Famosa adega futurista La Cité Du Vin, em Bordeaux, na França

Objetivo é tudo aquilo que é percebido de forma coletiva, aquilo que nos faz sentir da mesma espécie, mesmo quando consideramos as nossas diferenças, étnicas, culturais, históricas e sociais. A percepção objetiva é o lugar comum a todos nós. A qualidade, dentro desse contexto, vista no âmbito da degustação, contempla igualmente valores hedônicos e técnicos, aí residindo a real distinção entre apreciador (aquele que aprecia valores específicos de determinados vinhos) e provador (aquele que prova com acuidade técnica dos sentidos).

Dito isto, voltamos ao velho chavão: “Vinho bom é aquele que você gosta”, uma vez que o conceito de qualidade técnica, não necessariamente condiz com o conceito pessoal de qualidade do ponto de vista da apreciação. Mas esse aforismo não é o mesmo que: “Gosto não se discute” porque na atual versão, essa frase cunhada pelo saudoso Sérgio de Paula Santos, mudou para: “Gosto não se discute, se aprimora”. Isso reforça a ideia de que, somente nos lançando as experiências sensoriais, desfrutando da diversidade, podemos desenvolver, enriquecer, e aprimorar nosso gosto.

Assim fazendo o apreciador desenvolverá e/ou criará suas preferências, na medida em que delimita as características valorizadas nos vinhos que bebe, na medida em que se reconhece enquanto apreciador. É de suma importância saber quais os seus tipos e estilos de vinhos preferidos. Se leve ou encorpado, jovem ou maduro, complexo, amadeirado ou frutado, enfim, que valores mais o encanta nos vinhos que aprecia. Caso você ainda não tenha estas respostas, só lhe resta beber toda diversidade possível, para alcançá-las. Mas o beber de que falo, é o beber comedidamente, com acuidade de sentido e sem preconceitos, buscando respostas para estas perguntas.

O termo “litragem” tão comum e sinônimo de experiência na vida dos enófilos de plantão pressupõe beber um pouquinho de muitos vinhos distintos, e não muito de um limitado painel de vinhos. E perceba, só depois de saber do que gosta a crítica especializada o poderá ajudar, na medida em que fizer uma descrição clara sobre os vinhos que comenta, apontando uma direção segura para o consumo, que o encoraje a investir em novas descobertas. Somente quando você souber do que realmente gosta, poderá desfrutar melhor do vinho, beneficiando-se da crítica, das dicas e sugestões dadas pelos conhecedores e até dos atendentes da sua loja preferida, comprando com mais acerto e segurança, e bebendo com mais prazer.

Oficina de degustação
Se você quer aprender um novo olhar sobre o vinho, se quer compreendê-lo tecnicamente, não pode perder a “Oficina de Degustação” que acontecerá no dia 04 de maio, às 19:30h na sala privada do Restaurante Tábua de Carne Roberto Freire. A oficina constará da degustação conduzida de 2 rótulos Premium sul-americanos, de castas distintas, com uma rica apresentação em multimídia sobre a técnica de avaliação dos vinhos, seguida de jantar harmonizado com entrada, prato principal, sobremesa e vinhos. As inscrições já estão abertas no próprio restaurante. As vagas são limitadas e o investimento é de apenas R$ 100,00. Depois desse evento, o seu olhar para o vinho jamais será o mesmo.   

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