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Desejos de Toffoli

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Lauro Jardim
com Guilherme Amado e Mariana Alvim

Dias Toffoli deixou escapar numa conversa com um deputado que acharia uma boa se a Câmara desse vida a uma CPI para investigar o modus operandi da dupla Deltan-Moro. Alvo dos mais temerosos desejos cultivados pela República de Curitiba, Toffoli disse ao mesmo interlocutor que parte dos procuradores formou uma quadrilha para perseguir pessoas, em vez de investigar fatos.
Meio milhão  O TRF-2, que abrange Rio de Janeiro e Espírito Santo, vai comprar dois carrões para o seu presidente, Reis Friede, andar tranquilo pela Cidade Maravilhosa. Gastará R$ 494 mil em dois Santa Fé, da Hyundai.
Lei do cala-boca
Jair Bolsonaro orientou seus homens de confiança a fecharem a boca sobre o processo de escolha do novo PGR. Não aguenta mais ver vazamentos de informações e postulantes sendo fritados em praça pública justamente quando começam a cair em suas graças.
Salto tríplice  Raquel Dodge ainda tem apoios de peso em sua tentativa de obter mais um mandato à frente da PGR. Mais especificamente, três: Rodrigo Maia, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. O trio tem trabalhado por sua recondução.
Quase cem vezes
Leonardo Rodrigues, o Leo Índio, jamais ocupou cargo no governo, não se elegeu a coisa alguma, mas tinha livre acesso aos mais cobiçados andares do poder desde que Jair Bolsonaro chegou à Presidência. Primo dos filhos do capitão, Leo Índio foi recebido quase cem vezes nos palácios Alvorada (um registro) e do Planalto (96) entre 3 de janeiro e 16 de julho deste ano. Léo não se distanciou do centro do poder nem depois que lhe arrumaram um emprego de R$ 23 mil no gabinete do senador amigo Chico Rodrigues, em abril. Daquele mês a julho foi ao Palácio do Planalto 28 vezes.
Maré baixa
Agora, o trânsito de Léo pelo centro do poder deu uma desinflada: ele e Carlos Bolsonaro, que sempre foram ligadíssimos, estão rompidos.
O equilibrista
João Doria vai exercer sua porção equilibrista na disputa pela prefeitura de São Paulo. Vai apoiar Bruno Covas à reeleição, mas sem fechar as portas para Joice Hasselmann, porque pode vir a ter que apoiá-la no segundo turno. O problema é se Covas e Joice chegarem ao segundo turno.
A dupla
O mais novo parceirão de Romário é Flávio Bolsonaro.
Projeto 03
O governo está trabalhando num cronograma de ação para anunciar Eduardo Bolsonaro como embaixador em Washington na primeira semana de outubro. O presidente quer enviar o nome do herdeiro ao Senado dias antes de viajar para a Assembleia Geral da ONU, que será aberta pelo Brasil em 24 de setembro. Com isso, o 03 poderá acompanhá-lo na condição de embaixador indicado. Pelas contas do Planalto, entre a sabatina na Comissão de Relações Exteriores, a conquista do apoio necessário e apreciação do plenário, o processo levará aproximadamente 15 dias. E segundo a mesma projeção, hoje, Eduardo tem apenas 33 dos 41 votos de que precisa para ser aprovado.
Novos tempos 
O governo anuncia nos próximos dias uma parceria com o … Sistema S. Um programa que junta desoneração da folha salarial com requalificação da mão de obra. Pelo visto, os tempos de “meter a faca” no Sistema S ficaram para trás.
O que incomoda
Duas semanas atrás Jair Bolsonaro fez barulho ao afirmar que o então superintendente da PF no Rio de Janeiro seria trocado. Alegou “questão de produtividade”. Não confere: o desempenho da PF no Rio de Janeiro passou de 24º para 4º lugar no período em que Ricardo Saadi esteve no comando, de acordo com um ranking do próprio órgão. Não é a baixa ou, como é o caso, a alta produtividade que está irritando Bolsonaro. Talvez o incômodo esteja na conclusão do inquérito que investigou a atuação da Polícia Civil fluminense no caso Marielle Franco.
Na linha de frente
Chamuscada com as revelações expostas nas mensagens de Telegram entre seus integrantes, a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba está oxigenando sua face pública. Sai da linha de frente gente como Deltan Dallagnol e aparecem novos rostos, como os dos procuradores Felipe Camargo e Alexandre Jabur.

Vida dura
Depois de quase três semanas numa cela em Bangu 8 com apenas um companheiro, Dario Messer foi transferido dias atrás para outra menos confortável. Está agora dividindo o espaço com outros dezenove presos, boa parte deles encrencados na Lava-Jato. Alguns poucos presos vips ficam sozinhos, como Sérgio Cabral e Eduardo Cunha, por exemplo. Hoje, o doleiro dos doleiros completa um mês de cárcere.

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