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Desemprego leva Obama a defender obras públicas

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Detroit (AE) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sinalizou ontem que irá propor um importante programa de infraestrutura e uma extensão da isenção de impostos sobre folha de pagamento no aguardado discurso sobre emprego marcado para a quinta-feira, durante sessão conjunta do Congresso norte-americano. Durante um animado pronunciamento de Dia do Trabalho diante de uma multidão de sindicalistas em Detroit, Obama buscou tomar a iniciativa na abertura de uma semana na qual situação e oposição estarão concentradas na apresentação de proposta para estimular a criação de empregos nos EUA.
No Dia do Trabalho, Obama antecipa medidas que serão anunciadas na próxima quinta-feira
“Nós temos estradas e pontes que precisam ser reconstruídas por todo este país”, declarou Obama. “Temos empresas privadas com equipamentos e força de trabalho para realizar essas obras. Nós temos mais de 1 milhão de operários desempregados prontos para começar a sujar seus uniformes neste momento”, prosseguiu o governante norte-americano.

Obama também manifestou intenção de ampliar um programa isenção de impostos sobre folha de pagamento que reduziu a taxa de seguro social de 6,2% para 4,2% dos ganhos dos trabalhadores. Mas a isenção expira no fim do ano. Obama não explicitou se pretende estender a isenção aos empregadores, ideia esta que conta com apoio entre integrantes do governo.

“Eu acho que colocar o dinheiro de volta no bolso das famílias de trabalhadores é a melhor forma de fazer a demanda aumentar, pois isso se converterá em contratações e consequentemente resultará em crescimento da economia”, expressou Obama.

O pronunciamento de ontem ocorre em um momento no qual os índices de aprovação ao presidente e ao governo encontram-se nos níveis mais baixos desde a posse de Obama. A taxa de desemprego nos Estados Unidos ficou em 9,1% em agosto, segundo relatório divulgado na última sexta-feira.

Os dados negativos provocaram imediata reação do mercado de ações, com queda nas bolsas, e aumentaram a pressão para que o governo adote medidas de estímulo à economia, diante do temor de que o país mergulhe em uma nova recessão. “(Os dados recentes) ainda não indicam que estamos caindo em uma recessão, mas o risco permanece alto, em torno de 40%”, disse na sexta-feira o economista-chefe da consultoria IHS Global Insight nos Estados Unidos, Nigel Gault.

Indicadores alimentam críticas dos republicanos

Detroit (BBC/ABr) – Os indicadores sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos intensificam as críticas dos republicanos ao presidente Barack Obama, em um momento em que o presidente registra seus mais baixos índices de popularidade e que a campanha para a eleição presidencial de 2012 esquenta. Na semana passada, logo após a divulgação dos números, o Comitê Nacional Republicano já cunhava um novo apelido para Obama: “Presidente Zero”.  Pesquisas de opinião indicam que a economia e, especialmente, o desemprego, estão no topo da lista de preocupações dos eleitores.

Logo após voltar de férias, antes mesmo da divulgação dos dados do Departamento do Trabalho, Obama já havia anunciado a escolha de Alan Krueger, um especialista em mercado de trabalho, para chefiar o Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca. Os novos indicadores também devem ter influência sobre a maneira como o discurso do presidente será recebido pelo Congresso – que retoma suas atividades nesta semana após o recesso de verão.

As propostas de Obama para gerar empregos serão apenas o primeiro tema de discussão nesta nova temporada no Congresso americano. Entre os desafios à espera de democratas e republicanos está uma solução de longo prazo para reduzir o deficit e colocar as contas do país em dia.

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