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Detran vistoria carros com engate

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Fiscais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RN) já estão de olho nos carros que possuem o equipamento de engate, usado comumente para rebocar carros com defeitos, pequenas carroças, trêileres e até carros de lanche. O objetivo é conferir se os motoristas natalenses estão cumprindo a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que cria normas para a utilização do equipamento.

A regulamentação foi publicada em 25 de julho do ano passado e deu um prazo de 180 para que os proprietários de veículos que já possuíssem o dispositivo, se adaptassem aos artigos criados. O período de tolerância se esgotou na última sexta-feira e o descumprimento pode resultar em uma notificação que obriga ao condutor o pagamento de uma multa de R$ 127,69, além de conferir cinco pontos em sua carteira de habilitação.

De acordo com a resolução, os engates devem ser dotados de uma esfera maciça apropriada para o reboque, uma tomada e instalação elétrica para a conexão ao veículo rebocado, um parafuso para a instalação de uma corrente de segurança do reboque e superficies cortantes ou com arestas, na base da esfera. Os engates deverão ter ainda uma plaqueta com informações do fabricante sobre a capacidade do reboque. Além disso, os motoristas só poderão comprar engates agora fabricados em empresas legalizadas.

Contudo, apesar do prazo dado pelo Contran, muitos motoristas em Natal continuam utilizando o equipamento de forma inadequada. Muitos são fabricados artesanalmente, ou em oficinas de “fundo de quintal”. Na manhã de ontem, fiscais do Detran encontraram vários bugues cujos donos ainda não se adaptaram à nova lei. Mas a orientação do departamento do RN não é de notificar pura e simplesmente. “Nós ainda estamos dando um tempo, para continuar orientando o cidadão”, explicou o sub-coordenador de Fiscalização do Detran-RN, Paulo Roberto.

Segundo ele, o órgão está preocupado em educar os condutores natalenses, e prefere dar ainda oferecer uma tolerânciam já que muitos deles não compreenderam as determinações corretamente. “Por exemplo, o problema não é só o engate propriamente dito, mas também a forma como foi instalado. Não é correto mais que o engate seja afixado no parachoque de fibra ou na própria fibra do bugre. A sustentação é muito pequena”.

O bugueiro Mayron Roberto, um dos pioneiros da atividade em Natal, se adiantou para não correr risco de prejuízo. E assim que tomou conhecimento do prazo, retirou o regate que estava preso no pára-choque de se veículo. “Como eu não usava mesmo o equipamento, resolvi logo tirar para não ter problema”, argumentou.

Um fato que chamou a atenção da reportagem da TRIBUNA DO NORTE é que a fiscalização do Detran está atuando no mais puro estilo “casa de ferreiro, espeto de pau”. O bugue utilizado pelos fiscais – as vistorias estão sendo feitas também nas praias, durante a Operação Verão” – é dotado com um engate, mas que está fora dos padrões da lei. O equipamento não tem instalações elétricas e não é boleado, representando perigo a pedestre.

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