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Dez momentos do Festival Mada

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Ramon Ribeiro
Tádzio França
e Yuno Silva

O Festival MADA – Música Alimento da Alma – encerrou a seu aniversário de 18 anos de maneira muito positiva, recuperando a relevância de edições mais antigas, sabendo apostar na diversidade musical e em novos nomes nacionais e locais. A fórmula deu certo, pois cerca de 20 mil pessoas circularam nos dois dias do festival, segundo números da produção. Confira 10 momentos escolhidos pela reportagem do VIVER.

Plateia conectada
Com 16 mil pessoas (juntando os dois dias, segundo dados da produção), o público do MADA foi um show aparte. A sexta teve cerca de metade das pessoas do sábado, mas não por isso foi menos interativa. Antenada e empolgada, a plateia cantou e dançou junto dos seus artistas preferidos, mostrando estar conectada com as novidades musicais de sua época. Vale também o destaque para o carinho bonito pelos artistas locais. (RR).

Horários e estrutura
Para acontecer na área externa da Arena das Dunas, o Mada assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que limitava o encerramento do festival a 1h30 da madrugada. O cumprimento do horário foi tão rigoroso que, na sexta-feira,  encerrou meia hora antes do acordado, deixando o público sem ter o que fazer. Em termos de estrutura, a mudança  não causou prejuízos na realização do evento. Mais amplo, o espaço recebeu bem a quantidade de pessoas, o rockstage, as barraquinhas de comida e feira mix – bem montada e com lojinhas interessantes. Dos revezes, a fila que se formou na entrada no sábado de festival, por volta das 22h. (RR)

Rap com postura
O rap potiguar tem postura, sotaque orgulhosamente local, e vontade de fazer bonito no microfone. Apesar do pouco público presente, ainda no começo da primeira noite do Mada, a banda Time de Patrão mostrou que tem potencial para atingir audiências maiores. A fusão de reggae, repente, e beats pesados de hip hop carregam fácil a plateia. (TF)
Jaloo se jogou na plateia
Beats e carisma
Jaloo apresentou um dos shows mais instigantes da sexta-feira. No palco, apenas máquinas geradoras de beats e timbres sintéticos – com seus respectivos humanos no comando, claro. Uma apresentação totalmente eletrônica, aquecida pelo carisma de Jaloo, que rebolou, interagiu, foi carregado pela plateia, e também fez o povo dançar. A música é moderna e global, absorvendo electro, synthpop e experimentalismos, ao mesmo tempo que expõe o sotaque paraense e suas sonoridades. (TF)

Emicida dá o recado
Um trecho sampleado no telão de “Ó paí, ó”, em que Lázaro Ramos e Wagner Moura travam uma tensa discussão sobre racismo, abriu o show de Emicida como um golpe rápido no estômago. Recado dado. O MC paulistano repetiu o feito do show anterior, em 2014, e agradou de novo. No palco, percussões à frente interagindo com os beats do DJ, mais baixo e guitarra ao vivo. Emicida entoou canções do último disco que boa parte da plateia sabia cantar de cor. Ainda mais pop, o parceiro Rael fez sua participação e aumentou o coro de vozes com os hits que cantou. (TF)
Karol comanda a massa
Popularidade
 Três anos após lançar o álbum “Batuk Freak”, Karol Conka voltou ao Mada e viu a plateia cantar suas músicas como se fossem hits há décadas. Carismática, a rapper curitibana aproveitou seu atual momento de popularidade pop e levou a plateia no flow das rimas e na cadência dos beats. Os novos hits também facilitam, como “Lista Vip”, “É o poder”, e a explosiva “Tombei”, música presente em pistas de todos os gêneros. Ao final, ainda cantou uma reverente versão de “Back to black”, em homenagem a Amy Winehouse. A plateia se emocionou e cantou junto. Sem dúvida, Karol tombou. (TF)

Intimista
Liniker e Os Caramelows chegaram ao MADA como uma das atrações mais esperadas do sábado. A música “Zero” foi um dos momentos mais bonitos do festival, com o público cantando junto e na mesma sintonia que o artista. Mas quem esperava algo mais pra cima, na linha do EP “Cru”, acabou tendo que se contentar com a levada marcadamente intimista do disco “Remonta”, lançado há dez dias. Em sua primeira passagem por Natal, o artista de 22 anos, conhecido também pela postura autêntica, careceu de maior presença de palco. Talvez por timidez ou cansaço. (RR)

Alquimia para viagem
A segunda apresentação de Luísa e Os Alquimistas no Mada obteve uma recepção bem mais calorosa que a do ano passado. Com o disco “Cobra Coral” na bagagem, a proposta de banda pôde ser melhor exposta no palco. Dub e reggae, beats lentos e quebrados, timbres enfumaçados, ecos, e as letras misteriosas de Luísa envolveram a plateia numa atmosfera psicodélica e sensual. Até o hit “Brechó” entrar em cena e transformar a pista num bailão tecnobrega. A plateia pediu mais uma(s). O tempo, infelizmente, não deixou. (TF)
Luísa mais amadurecida
Planet mantém o respeito
O show do Planet Hemp comprovou que o repertório da banda continua mais atual do que nunca. Após hiato de uma década, Marcelo D2, B.Negão e companhia voltam aos palcos para apresentar uma série de hits ‘viajandões’ praticamente desconhecidos para a nova geração: se o principal público-alvo do Festival Mada é a turma até 25 anos, bem provável que 70% ou mais da plateia nunca tinha visto os caras ao vivo. Apesar do joelho bichado do D2 (o músico rompeu os ligamentos e está em tratamento) que  subiu no palco de bengala e cadeira de praia, a performance foi honesta e – como era de se esperar – vibrante e esfumaçada. Abriram com a clássica “Legalize já”, sucedida pelas não menos bandeirosas “Mantenha o respeito”, “Fazendo a cabeça”, “Queimando tudo”, “”Quem tem seda?” e “Ex-quadrilha da fumaça”, com direito a roda de pogo e muitos isqueiros acesos.  (YS)

Plateia conectada
Com 16 mil pessoas (juntando os dois dias, segundo dados da produção), o público do MADA foi um show aparte. A sexta teve cerca de metade das pessoas do sábado, mas não por isso foi menos interativa. Antenada e empolgada, a plateia cantou e dançou junto dos seus artistas preferidos, mostrando estar conectada com as novidades musicais de sua época. Vale também o destaque para o carinho bonito pelos artistas locais. (RR).

Horários 
Para acontecer na área externa da Arena das Dunas, o Mada assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que limitava o encerramento do festival a 1h30 da madrugada. O cumprimento do horário foi tão rigoroso que, na sexta-feira,  encerrou meia hora antes do acordado, deixando o público sem ter o que fazer. Algumas atrações também já mereciam mais tempo de show, como no caso de Jaloo, Luísa e Plutão já Foi Planeta. Bem humorado, Jaloo até brincou com o tempo curto: “Que show curto meu deus, eu quero é tocar!”

Estrutura
Em termos de estrutura, a mudança de última hora não causou prejuízos na realização do festival. O festival estava previsto para ser dentro do Arena das Dunas e não no estacionamento. Mais amplo, o espaço recebeu bem a quantidade de pessoas, o rockstage, as barraquinhas de comida e feira mix – bem montada e com lojinhas interessantes. Dos revezes, a fila que se formou na entrada no sábado de festival. A produção deveria estar atenta aos momentos de pico para se adiantar a essa situação. Dentro do espaço, mais filas: nos banheiros e nos caixas para comprar bebida e comida. Essa situação é bem comum em festival com essa quantidade de gente. Poderiam se disponibilizados mais funcionários para agilizar as vendas, mas o público poderia comprar as fichas que todas de uma vez. (RR)

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