terça-feira, 16 de abril, 2024
25.1 C
Natal
terça-feira, 16 de abril, 2024

Dia tumultuado em três municípios

- Publicidade -

SEGURANÇA - Tropas federais nas ruas não inibiram tumultosA presença de soldados das Forças Armadas nos municípios da Grande Natal – Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante – não inibiu alguns integrantes das duas coligações que tumultuaram as ruas e locais de votação com práticas consideradas crime eleitoral. Boca-de-urna, falsificação de documento emitido pela Justiça Eleitoral e compra de votos foram algumas das irregularidades mais comuns nessas cidades, mas na maioria dos casos as autoridades tiveram dificuldade em materializar as ilegalidades.

Os eleitores, nessas cidades, chegaram cedo aos locais de votação e até formaram filas antes mesmo de os locais terem os portões abertos pelos mesários a serviço do Tribunal Regional Eleitoral. O fato de o eleitor precisar escolher apenas dois candidatos fez o pleito transcorrer mais rápido naquelas seções onde havia o maior número de votantes.

A presença de advogados representando as duas coligações foi maior, ontem, em relação ao primeiro turno. A explicação, segundo funcionários do TRE, é que a eleição no Rio Grande do Norte tornou-se uma das mais disputadas e cada coligação tentou buscar nos detalhes uma forma de superar o adversário.

O município de São Gonçalo do Amarante é apontado pelas autoridades policiais como o mais problemático da Grande Natal. De acordo com os promotores de Justiça que trabalhavam no Fórum da cidade, houve mais de cem denúncias até às 16h, uma hora antes do horário previsto para encerrar o acesso de eleitores aos locais de votação. O delegado titular da delegacia de polícia de São Gonçalo do Amarante, Silvério Medeiros, havia prendido dez pessoas até às 17h de ontem. Entre elas, um homem convocado pela Justiça Eleitoral porque trabalhava alcoolizado. Os policiais detiveram o presidente da seção após denúncia anônima. Esse foi o caso mais grave.

“Nos surpreendemos. Apesar de nos prepararmos, não imaginamos que houvesse tantas ocorrências”, disse o delegado. A quantidade de denúncias e prisões chegou a provocar um princípio de tumulto na delegacia, mas foi contornado depois que Silvério Medeiros chamou reforços. Inclusive mais um delegado.

Em Parnamirim, terceiro maior colégio eleitoral do Estado, os incidentes ocorreram quase sempre onde não havia a presença de tropa federal. O prefeito do município, Agnelo Alves, votou às 10h no Centro Pastoral Padre João Correia de Aquino.

A auxiliar de escritório Ana Cristina de Souza, 28 anos, chegou às 7h30 ao local de votação e aproveitou para conversar com as demais pessoas na fila de espera para votar. O assunto era a falta de propostas dos candidatos que, segundo ela, desperdiçaram as oportunidades dos debates para informar a população sobre os planos de governo. “Houve muita troca de acusações e, mais uma vez, quem perdeu foi o eleitor”, disse.

A cidade que mais impressionava pelo número de pessoas nas ruas, já nas primeiras horas de votação, foi Macaíba. O trânsito não lembrava um domingo e o fluxo de pessoas desembarcando na rodoviária da cidade trouxe renda extra aos mototaxistas, principal meio de transporte utilizado pelos eleitores para chegar aos locais de votação. A Polícia Civil registrou apenas duas prisões por prática de transporte irregular de eleitores. Apesar disso, os policiais militares atenderam diversas denúncias e na maioria delas tiveram dificuldade em obter as provas necessárias para deter os denunciados.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas