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Diabetes e cegueira

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Isaac Ribeiro
repórter

Ser diabético e manter a doença sob controle pode garantir uma vida bem próxima da normalidade. Mas não administrar as taxas de glicose no sangue e não seguir a medicação prescrita pelo médico pode trazer consequências sérias para o organismo, problemas nos rins, coração e visão — nesse caso,  através da retinopatia diabética, que pode até mesmo levar à cegueira.

A doença age progressivamente afetando os vasos sanguíneos dos olhos, mais precisamente da retina, na área conhecida como “fundo do olho”, causando sérios danos que, se não tratados, podem resultar na perda da visão.
Retinopatia diabética pode atingir retina, lesionando vasos sanguíneos dessa região ocular, causando visão borrada, embaçada, e podendo levar até mesmo à cegueira
Na fase inicial pode não haver sintomas. Mas não se engane, a retinopatia diabética está agindo e deteriorando os vasos sanguíneos do fundo do olho, pelo excesso prolongado de açúcar no sangue. Com a formação do edema retiniano, a visão passa a perder foco e ficar borrada, com áreas escurecidas e dificuldade de perceber cores.

De acordo com o oftalmologista Márcio Florêncio, a retinopatia diabética pode não apresentar sinais em sua fase inicial, mas a evolução da doença pode acontecer uma baixa visual considerável e até mesmo cegueira irreversível.

A retinopatia ainda não tem cura, mas existem maneiras de evitá-la e impedir sua progressão. Manter os índices glicêmicos controlados e ir regularmente ao oftalmologista reduz as chances de perda de visão.

“Um controle rígido dos níveis de glicose no sangue, através de acompanhamento nutricional e com endocrinologista desde o diagnóstico inicial da diabetes, é fundamental para evitar o aparecimento da retinopatia”, comenta Márcio Florêncio.

Fases e tipos da doença

Existem dois tipos de retinopatia diabética; a não proliferativa e proliferativa. O oftalmologista explica que a primeira é um estágio inicial da doença, com extravasamento de sangue ou de algum fluido, causando acúmulo de líquido (edema) e a formação de depósitos na retina. Esse estágio pode não levar à baixa visual, desde que a mácula não seja atingida. Já a retinopatia diabética proliferativa ocorre quando vasos normais, chamados neovasos, crescem na superfície da retina ou do nervo ótico.

São quatro as fases da doença: inicial – quando ocorrem ocorrem pequenas áreas de dilatação dos pequenos vasos sanguíneos da retina, conhecidos também como microaneurismas; moderada – com o bloqueio de alguns vasos; severa – quando mais vasos são bloqueados e várias regiões da retina param de receber sangue, deixando-as sem oxigênio suficiente; retinopatia proliferativa – considerada a fase mais avançada da doença, com o crescimento de vasos defeituosos e frágeis.

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