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Dilma compara governos Lula e FHC

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Rio de Janeiro (AE) – Pré-candidata do PT à Presidência da República em 2010, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pediu confiança à população. Na manhã de ontem, ela repetiu a estratégia de comparar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ao de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Conquistamos muito ao longo desses anos. Quando a gente olha para trás e compara o Brasil de 2009 com o de 2002 (último ano da administração tucana), nós podemos, em paz, pedir a vocês que confiem cada vez mais neste nosso querido Brasil”, discursou a ministra na abertura do 37º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens. “E nós, quando confiamos em nós mesmos, na capacidade que temos de vencer qualquer desafio, nós fazemos. O principal deles: continuar isso, trazendo mais progresso com desenvolvimento e, sobretudo, justiça social para os brasileiros”, concluiu.

Pouco antes, a ministra afirmou que na “era Lula” foram alcançados “resultados impossíveis de se imaginar”, e citou exemplos: o longo período de crescimento e estabilidade, o fato de o Brasil passar de devedor a credor do Fundo Monetário Internacional (FMI), a ascensão social dos pobres, a consolidação do Estado de Direito e o “salto para o futuro”, com a exploração do petróleo na camada do pré-sal e o programa Minha Casa, Minha Vida. “Vencer crises e desafios é a grande especialidade de nosso governo. Fomos os últimos a entrar nessa crise internacional e os primeiros a sair”, disse Dilma à plateia formada por representantes de agências de viagens, redes de hotéis, empresas aéreas e de Estados que montaram estandes na Feira das Américas, paralela ao congresso.

PAC Olímpico

No discurso, Dilma anunciou que o governo lançará um PAC olímpico, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento, criado no segundo mandato do presidente Lula. A ministra não deu detalhes, mas disse que o “PAC olímpico será mais um símbolo do Brasil que vence e enfrenta desafios” e ajudará a preparar o Rio para receber a Olimpíada de 2016. Segundo ela, os investimentos serão voltados para infraestrutura, mobilidade urbana, segurança e qualificação de mão-de-obra. O PAC olímpico vai se juntar, disse a ministra, ao PAC da Copa, conjunto de obras que vão preparar o País para o campeonato mundial de futebol de 2014.

Na cerimônia de abertura do Congresso, Dilma esteve com seu principal aliado no Rio, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), e com o governador de Minas Gerais Aécio Neves, que disputa com José Serra a indicação de candidato à Presidência da República pelo PSDB.

Ministro do STF prefere encerrar polêmica

Belém (AE) – A suposta propaganda política fora do prazo legal, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, durante visita às obras de transposição do Rio São Francisco, segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criou um debate salutar que, para ele, “está encerrado”. O ministro disse em Belém, ao abrir o 71º Congresso Internacional de Criminologia, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dará “bom encaminhamento à questão”. E descartou “qualquer polêmica” entre ele e Lula.

“O presidente deve ter sido orientado pelos seus assessores a entender que isso era legal, mas quem vai examinar o caso não sou eu, é a Justiça Eleitoral”, acrescentou Mendes. Ele preferiu comentar a violência no país, reconhecendo que ainda estamos longe de resolver os problemas que envolvem a criminalidade, embora o governo federal esteja “fazendo sua parte” no combate aos criminosos.

Os presos de maneira irregular, segundo Mendes, representam um sério problema que contribui para a superlotação carcerária. Os mutirões feitos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já libertaram 12.039 pessoas nessa condição. Isso representa 18% dos 67 mil casos analisados em 17 Estados. “Fosse somente um, simplesmente um só homem liberto porque foi preso injustamente, já teria valido a pena todo o esforço”, disse o ministro.

Para ele, a situação dos presídios é muito preocupante. Além da superlotação, há acúmulo de lixo e infestação de ratos. Há também denúncias de agressões sexuais, corrupção de agentes públicos e abusos de autoridade. Na avaliação de Mendes, a revolta dos presos, muitas vezes barbarizados, num inevitável caldeirão de turbulências, não raro explode em rebeliões, motins e violência gratuita.

Serra afirma que está cansado de perguntas sobre candidatura

São Paulo (AE) – O governador de São Paulo, José Serra, disse ontem “estar cansado de ser questionado, no mundo real e no virtual, se será candidato à Presidência nas eleições de 2010”. Possível concorrente pelo PSDB ao Planalto, Serra tem se esquivado de falar sobre política em entrevistas coletivas e na sua página na rede social Twitter (www.twitter.com/joseserra_), apesar das constantes críticas ao governo federal em eventos dentro e fora de São Paulo.

Na madrugada de ontem, por volta das 3 horas, o governador foi questionado pelo internauta Rafael Costa Rocha sobre seus planos eleitorais: “governador, uma pergunta que o senhor deve estar cansado de responder: é ou não é candidato à Presidência pelo PSDB?” Serra respondeu poucos minutos depois: “estou cansado de não responder à pergunta sobre a presidência… rsrs… É cedo”. O tucano levantou ainda a possibilidade de falar sobre o assunto, em primeira mão, pela internet. “Talvez responda primeiro no Twitter. Quem sabe…”

Questionado ontem, em entrevista coletiva na capital paulista, se a mensagem virtual indicava que ele estava com vontade de falar sobre o assunto, o governador sorriu. “Eu estava saturado por causa das perguntas no Twitter. Estou cansado de ser perguntado. Apenas isso”, disse. “Não quero que isso iniba vocês de perguntarem, da mesma maneira que eu não vou responder”.

Adepto da rede social há cinco meses, o governador iria se São Paulo com o norte-americano Biz Stone, um dos fundadores do Twitter. Stone veio ao Brasil para dar uma palestra a 300 convidados do Grupo TV1, a ser transmitida ao vivo, a partir das 19h30, no endereço www.tv1.com br/agendadofuturo.

PT articula apoio a Ciro em São Paulo

São Paulo (AE) – Por baixo das queixas sobre a possibilidade de o PT não ter candidato próprio no maior colégio eleitoral do País, um grupo de caciques do partido em São Paulo já decidiu que não vai criar nenhum tipo de obstáculo aos planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tirar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) da corrida presidencial. Reunidos no início desta semana na capital paulista, dirigentes da corrente petista “Construindo um Novo Brasil”, entre eles o ex-ministro José Dirceu e os deputados Antonio Palocci (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), acertaram que não vão se opor à candidatura de Ciro ao Palácio dos Bandeirantes em 2010.

Ao mesmo tempo em que ajuda a pavimentar a aliança nacional entre PT e PSB, o acerto foi pensado com o objetivo de enquadrar o grupo da ex-ministra Marta Suplicy, que assumiu nas últimas semanas a dianteira na defesa da candidatura própria do PT ao governo de São Paulo. Ela chegou a afirmar publicamente que a candidatura de Ciro “não tem a ver com São Paulo” e que o PSB “nunca fez um caminho de flores” para o PT no Estado.

Marta tem dito a aliados que não vê motivos para um partido com a dimensão do PT deixar de lançar um nome próprio em São Paulo. Ainda assim, é consenso no grupo da ex-ministra que a decisão caberá ao presidente Lula.

Na prática, o acerto feito pelos líderes petistas na segunda-feira (19) determina que os principais nomes ventilados como possíveis candidatos ao governo estadual se retirem da disputa para apoiar Ciro, caso o deputado decida concorrer no Estado.

Além de Palocci, nome endossado por Marta para o Palácio dos Bandeirantes, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, também aderiu ao acerto. Na segunda-feira (19), algumas horas depois de participar da conversa com membros da Construindo um Novo Brasil, Emidio reuniu seus aliados para tratar do assunto. Ele pretende divulgar um documento para reafirmar que seu nome está à disposição do partido. Mas o texto dirá também que ele se dispõe a abrir mão da vaga, em prol de uma aliança forte em torno da candidatura de Dilma.

“Meu nome continua à disposição, mas não vamos nos opor à montagem de uma aliança como essa”, afirmou o prefeito de Osasco. “Se a conjuntura nacional caminhar para um lado, não vai adiantar caminharmos para outro”.

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