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Dilma tem segunda melhor avaliação

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Márcia Carmo – BBC Brasil

Buenos Aires – A aprovação dos brasileiros em relação ao governo caiu entre 2010 e 2011, embora a presidenta Dilma Rousseff apareça em segundo lugar entre os líderes mais admirados pelos latino-americanos, segundo pesquisa de opinião da ONG Latinobarómetro realizado em diversos países. O levantamento, divulgado ontem, perguntou aos brasileiros se aprovam a forma como a presidenta (que foi eleita no ano passado em substituição ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva) está liderando o país. Em 2010, durante o governo de Lula, a aprovação era de 86%, um patamar considerado recorde no país. Já em 2011, o primeiro ano do mandato de Dilma Rousseff, esse número caiu para 67%, segundo a ONG, com sede em Santiago, no Chile.

Dilma mantém índice alto, apesar da queda em relação a 2010A Latinobarómetro encomendou a pesquisa em 19 países da América Latina. No Brasil, o levantamento foi realizado pelo Ibope, instituto que faz pesquisas regularmente. A queda na aprovação do governo brasileiro, de 19 pontos percentuais, é a segunda maior registrada entre os países pesquisados, perdendo apenas para o Chile, onde a popularidade teve uma redução de 27 pontos. Questionados se o Brasil “governa para o bem do povo”, 52% dos entrevistados deram uma resposta positiva em 2011, contra 68% no ano passado.

Quando questionados sobre “o que falta na democracia”, 48% dos entrevistados de todos os países responderam “reduzir a corrupção”. No Brasil, este item aparece como a principal preocupação diante da pergunta sobre democracia.

Os entrevistados de todos os países também avaliaram os líderes da região e de outras partes do mundo, a partir de uma lista apresentada pelos pesquisadores, em uma escala de zero a dez, sendo zero “muito ruim” e dez, “muito boa”. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu a avaliação mais alta (6,3), com Dilma em segundo (6,0). As menores avaliações ficaram com o ex-presidente de Cuba Fidel Castro (4,1) e com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez (4,4).

No levantamento, o Brasil foi apontado pelos entrevistados como o país de maior liderança na região, deixando os EUA em segundo lugar e a Venezuela em terceiro.

No Uruguai e na Argentina, segundo o estudo da Latinobarómetro, mais da metade dos habitantes acham que o Brasil é o principal líder da América Latina. Os países da América Central são os que menos sinalizam o Brasil como líder regional. O Brasil também é definido, na pesquisa, como o “país mais amigo da América Latina”. Quando a questão é sobre qual “país modelo” deve ser seguido, o Brasil aparece em terceiro lugar. Neste quesito, os Estados Unidos aparecem em primeiro e a Espanha, em segundo. A China ficou em quarto lugar, com a França em quinto e a Venezuela em sexto.

Corrupção prejudica imagem do Brasil

Rio (BBC) – queda do ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), prejudica a imagem do Brasil no exterior e aponta para a necessidade de se prevenir a corrupção em vez de se remediá-la, dizem especialistas. Para Michel Desbordes, professor de marketing esportivo na Université Paris-Sud, a notícia é um golpe para a imagem do país lá fora. “Claro que é um problema, porque em uma Copa do Mundo você quer mostrar a imagem mais moderna do seu país, e esse fato passa uma imagem do Brasil mais parecida com a que tínhamos há 30 ou 40 anos”, diz.

Barack Obama tem a melhor avaliação entre os latino-americanosPara Desbordes, o fato contrasta com a imagem “muito positiva” que o Brasil tem na Europa hoje em dia. Entretanto, ele diz acreditar que o estrago não será grande, já que o país tem uma grande vantagem: “Como a Copa do Mundo ainda está distante, ninguém na Europa ainda está muito preocupado. Se isso acontecesse a três ou seis meses do evento, aí sim, seria um problema”, diz o francês, organizador do livro Marketing e futebol: Uma perspectiva internacional.

O problema poderia ser mais grave não apenas para o Brasil, como também para a Fifa. Desbordes acredita que a entidade tenha desempenhado papel importante nos bastidores para evitar que a crise local arranhasse a sua imagem internacional.

“A Fifa tem uma marca fortíssima que é a Copa do Mundo. Se as pessoas no exterior ouvem falar em um problema de corrupção relacionado à organização da Copa, elas escutam ‘Brasil’ mas escutam também ‘Fifa’”, aponta o professor.

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