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Diretor da Unesco é investigado

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Paris (AE) – Um ambiente de insatisfação entre funcionários da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) resultou no vazamento de um dossiê apócrifo contra um dos homens mais poderosos da instituição em Paris, na França. Peter Plympton Smith, 61 anos, ex-deputado pelo Partido Republicano nos Estados Unidos e atual subdiretor-geral de Educação, está sendo investigado por suspeitas de dispensa irregular de licitações, perseguição racial ou política contra seus subordinados e por continuar a receber salários da universidade que dirigia na Califórnia – o que é vetado pela instituição mãe, a Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde junho de 2005, Smith é responsável por 150 profissionais na sede de Paris e por outros 250 em outros países, encarregados da elaboração dos programas de Educação e das gestões orçamentária e de recursos humanos da Unesco.

As denúncias contra o subdiretor-geral vêm sendo investigadas desde outubro de 2006 pelo Conselho Executivo da instituição, que representa 58 países, mas vieram a público por meio da edição de janeiro da revista francesa de economia Capital. A mais grave suspeita que recai sobre ele é a de firmar sete contratos de consultoria com a empresa Navigant Consulting, gigante com sede em Washington especializada em litígios, finanças, saúde e energia.

O objetivo seria reestruturar o modelo de gestão do Setor de Educação. Por sete acordos assinados entre junho de 2005 e agosto de 2006, a Navigant receberia US$ 2,14 milhões (R$ 4,5 milhões). Nenhum dos contratos, porém, teria passado por licitação pública, uma exigência da Unesco. A justificativa de Smith parece não conver os auditores.

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