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Diretor de ‘Joaquim’ virá a Natal

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O cineasta pernambucano Marcelo Gomes virá a Natal no próximo dia 28 (terça-feira) para ministrar uma palestra sobre cinema, às 18h, no auditório do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN. O encontro se dará através de uma ação entre o Programa Cine UFRN/Plano de Cultura da UFRN e o Coletivo Caboré Audiovisual. Marcelo Gomes tem uma produção que vem se destacando nos últimos dez anos, com repercussão nacional e internacional. A palestra é aberta ao público em geral.
Obra de Marcelo Gomes transita entre o arcaísmo e a modernidade
O contato com o diretor surgiu em 2016, quando o Coletivo Caboré Audiovisual aprovou um projeto do diretor André Santos no Prodav 05, um edital de desenvolvimento de roteiro. O cineasta pernambucano é o orientador do projeto, e para aproveitar a presença dele aqui em Natal, o coletivo fechou uma parceria com a UFRN. A obra de Marcelo Gomes articula o local e o global, o arcaísmo e a projeção de futuro.

A estreia do diretor se deu com o curta “Maracatu, Maracatu”, em 1995, um registro sobre o encontro das raízes folclóricas pernambucanas com a modernidade, claramente inspirado na cena Mangue Bit. A partir daí, Marcelo passou a investir no sertão nordestino como um espaço mítico de ação, o que foi exibido nos longas “Cinema, Aspirinas e Urubus”, “Sertão de Acrílico Azul Piscina”, e “Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo” (este, em parceria com o cearense Karim Ainouz). Já “Era uma vez eu, Verônica” e “O homem das multidões” são dramas em cenários urbanos.

Ideia

“Joaquim”, o novo filme, promove uma reviravolta na obra de Marcelo: retorna ao Brasil colonial do século 18 para mostrar um Tiradentes diferente do habitual, sob outro ponto de vista, mais humano e menos heróico. A produção foi exibida na 67ª edição do Festival de Berlim, neste ano, com boas críticas na imprensa internacional. A ideia era “construir um personagem humano, brasileiro, com suas imperfeições, contradições e afetos”, como ele já declarou em entrevistas.

“Primeiramente, retratá-lo como um brasileiro comum: seus defeitos, contradições, medos, ambiguidades, com um caráter verdadeiramente humano”, declarou. Interpretado por Júlio Machado, Joaquim é um militar de destaque na captura de contrabandistas de ouro. Ele espera que sua dedicação seja recompensada com uma patente de tenente para que possa comprar a liberdade da escrava Preta (a atriz portuguesa Isabél Zuaa), por quem é apaixonado. Mas a promoção nunca chega. Mazelas como a escravidão e a penúria extrema permeiam a trama. (Redação do Viver).

Serviço:
Palestra do diretor Marcelo Gomes, dia 28/03, às 18h, no auditório do CCHLA, UFRN. Acesso gratuito.

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