O maracujá é outra fruta que tem potencial produtivo na região, já que o maracujazeiro se desenvolve bem nas regiões tropicais e subtropicais, sendo, portanto, de clima quente e úmido. Esses elementos de clima, temperatura, precipitação, umidade relativa do ar e luminosidade influenciam diretamente sobre a longevidade e o rendimento das plantas, o que torna a Chapada do Apodi a área ideal para o cultivo. Hoje, a maior produção de maracujá se concentra na Bahia, que chega a produzir mais de 320 mil toneladas da fruta por ano, sendo responsável por abastecer 73% do mercado nacional.
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Na avaliação de especialistas, o potencial da uva, maracujá são enormes, por se tratar de frutas com valor agregado alto e manejo compatível com a realidade da região. “A atividade é bastante rentável, pois é possível produzir duas safras por ano aqui, no nordeste. São frutas com pouca variação de preço, mas com ótimo valor agregado. É tipo de cultura que pode se trabalhar no sistema de agricultura familiar”, argumenta o pesquisador. Em relação à goiaba, a proposta do Sebrae é com o estímulo alavancar a cultura de goiabeiras para ultrapassar a produção anual de goiabas no estado de 3 mil toneladas.
No que se refere ao potencial dos citros, o engenheiro agrônomo e pesquisador da Ufersa, Gustavo Alves Pereira, afirma que há experiências bem sucedidas com mexerica, tangerina, limão e laranja, que estão sendo cultivadas experimentalmente em pomares da Ufersa. No caso da laranja, a produção no Nordeste se concentra em Sergipe. “Estamos conseguindo provar que o RN produz citros, e de boa qualidade, sem uso de herbicidas ou pesticidas”,diz Pereira.
A explicação para essas frutas não terem o cultivo iniciando anteriormente está relacionado a questões técnicas, que já estão sendo sanadas, e por receio de prejuízos por parte do fruticultor.