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Diversidade e custo menor

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A China, Estados Unidos e Alemanha possuíam em dezembro de 2012 mais da metade da capacidade instalada na produção de energia eólica. Mas a expansão dessa alternativa energética está migrando para mercados emergentes da Ásia e América Latina: em 2012, o Brasil liderou o ranking mundial de ampliação da capacidade instalada de produção de eólica. Segundo dados do relatório anual de energias renováveis (REN21_Global Status Report 2013), o País apresentou taxa de crescimento de 66% na produção de energia eólica. Hoje, esse número já chega a 4,5 GW e deve triplicar até 2018.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica  (ABEEólica), o crescimento da indústria   eólica no Brasil é resultado da combinação de alguns fatores. O primeiro é natural: o País possui um dos melhores ventos do mundo para a geração desse tipo de energia.

Esse cenário natural soma os demais requisitos: preços competitivos; demanda crescente de energia e necessidade em diversificar a matriz de geração. Essa é a análise Associação Brasileira de Energia Eólica  (ABEEólica), que inclui, inclusive,  a crise econômica internacional como um dos pontos que atraem  para o Brasil os investimentos e conhecimento estrangeiros para essa área.

#SAIBAMAIS#O setor de energia eólica também cresce impulsionado pela oferta de crédito em instituições nacionais e internacionais. O Banco do Nordeste foi um dos grandes financiadores da estruturação da atividade até 2011, ano em que o governo federal decidiu concentrar os empréstimos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As eólicas são hoje, na instituição, um dos principais alvos de investimento. Divulgada na quinta-feira passada (22), a perspectiva de investimento para o setor elétrico brasileiro no período que vai de 2014 a 2017 é de R$ 191,7 bilhões, no banco, sendo a maior parte em geração hidrelétrica, com R$ 54,5 bilhões. Os complexos eólicos são o segundo destaque em porte de investimentos, com R$ 43 bilhões. Transmissão de energia elétrica vem em terceiro, com estimativas de investimentos de R$ 37,6 bilhões.

Economia RN

O analista do IBGE/RN, Ivanilton Passos de Oliveira, avalia que o desenvolvimento do setor eólico no Estado é uma oportunidade de crescimento da economia local – que é baseada na indústria tradicional, com baixo poder de geração de riquezas e empregos. “O Estado sofre com a falta de infraestrutura e de mão de obra. Essas são duas barreiras que dificultam a atração de investimentos de maior porte para o Estado”, analisa.

Ivanilton Passos lembra que a indústria de eólicas é uma oportunidade também para a expansão do mercado de trabalho e de valor de salários no Estado. “Aqui, no RN, a população trabalha na administração pública, serviços (especialmente turismo) e comércio. É muito importante para a economia do RN o surgimento de novas fronteiras de emprego”, detalha.

O diretor do ISI-ER, Wilson da Mata, também concorda com as possibilidades de expansão econômica que a nova indústria dos ventos traz para o Rio Grande do Norte, mas alerta: “É preciso, neste momento, que haja decisão política das autoridades para dar as condições necessárias para que essa indústria – hoje atraída por um potencial de recursos naturais – não seja afastada por questões de infraestrutura e burocracia”, ressaltou.

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