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Dois candidatos vão disputar vaga deixada por Chávez

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Caracas (AE) – O sucessor escolhido pelo presidente Hugo Chávez, Nicolas Maduro, transformou a sede da Comissão Eleitoral, em Caracas, em uma grande tribuna de campanha ontem. Maduro chegou ao local com milhares de apoiadores para registrar sua candidatura às eleições presidenciais em 14 de abril.  A multidão acabou por impedir que o candidato da oposição, Henrique Capriles, chegasse à sede da Comissão para registrar sua candidatura dentro do prazo estipulado. Segundo os jornais venezuelanos, Capriles teria feito sua inscrição via internet, e os demais requisitos serão preenchidos posteriormente pelo secretário executivo da coalizão de oposição – Mesa de Unidade Democrática, Ramón Guillermo Aveledo.
Com a morte de Hugo Chávez, eleições presidenciais foram convocadas no país. Maduro e Capriles são os candidatos
Milhares de simpatizantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) empunhavam bandeiras venezuelanas e exibiam imagens do falecido presidente Hugo Chávez em frente à sede da Comissão Eleitoral, em Caracas, enquanto Maduro registrava sua candidatura. A multidão celebrou quando Maduro apareceu em uma sacada e se dirigiu aos seus simpatizantes. “Não sou Chávez, mas sou seu filho e nós, todos juntos, o povo, somos Chávez”, declarou Maduro depois de assinar o registro de sua candidatura paras eleições de 14 de abril.

O deputado do partido da social democracia, Ação Democrática, Edgar Zambrano, afirmou que a demora de mais de duas horas no registro da candidatura de Maduro, durante o qual milhares de pessoas se juntaram à frente da sede da Comissão Eleitoral no centro de Caracas, “forma parte da estrutura de abuso de poder que o governo vem mantendo durante 14 anos.” Zambrano classificou o ato de “violação não apenas da lei eleitoral, mas também da falta de igualdade que deve prevalecer em um cenário eleitoral.”

Em um país altamente polarizado durante os 14 anos da gestão do falecido Hugo Chávez, o registro de dois candidatos não pode ser feito simultaneamente por temor de haver um choque entre os simpatizantes dos candidatos.

Desde cedo, milhares de seguidores do governo começaram a se concentrar na Praça Diego Ibarra, no centro de Caracas, para acompanhar a inscrição de Maduro como candidato à presidente no lugar de Chávez. O trânsito ficou congestionado nas redondezas da Comissão eleitoral com a presença de vários ônibus que levaram os militantes do governo. Após ter se inscrito, Maduro fez um discurso no qual apresentou sua equipe de campanha, encabeçada por Jorge Rodriguez e vários ministros em exercício no governo.

A campanha eleitoral só começará oficialmente em 2 de abril e terá dez dias de duração, mas os dois lados já estão atacando um ao outro e pedindo apoio dos venezuelanos, que pela primeira vez em 14 anos participarão de uma eleição sem a presença de Chávez

Maduro, de 50 anos, pediu apoio de todos para chegar à presidência porque esta “é a vontade do comandante” e acusa Capriles de difamar o líder morto. Capriles, por sua vez, acusa Maduro, o presidente interino, de fazer política com o corpo de Chávez.

Enquanto isso, Caracas retorna ao seu ritmo normal, com a reabertura de escolas, empresas e órgãos públicos, além do pesado tráfego nas ruas. As informações são da Associated Press.

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