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Dos zebus e casos dos cerrados

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Woden Madruga [[email protected]]

Amanhecia sábado, último de abril, quando caiu na minha bacia das almas imeio de Ricardo Careca Lemos, arquiteto e urbanista, ex-navegador, criador de gado da raça Sindi e, com licença da má palavra, designer. Inventor da melhor lavra. Agora mesmo acabou de bolar um cartaz para um encontro de criadores da raça Sindi que vai acontecer em Caicó, a partir de um desenho de Newton Navarro. Beleza! Bom, a carta de Careca trata de dois motes: uma reportagem publicada na revista da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) e a carta de Alex Nascimento publicada aqui no domingo, 24 de abril. Alex anda pelo Egito e na carta o Careca é citado. Já a carta do doutor Ricardo  Lemos  foi escrita numa cidade do estado do Pará, como ele conta. Confira:

“Caro Woden:
Bom dia. Te escrevo deste Yamaky Plaza Hotel (gostou?) melhor pouso de Tomé-Açu, cidade paraense que é um enclave de japoneses no meio da floresta. Fica quase no fim de um mundo e no começo do outro, mas te escrevo para assuntar duas conversas. A primeira é sobre um merecido registro das gentes e do mundo dos currais de zebus. Até imagino que vosmecê pode alegar suspeição nessa prosa, mas não será justo fazê-lo. A segunda é de ordem pessoal e um desmentido necessário, a pedido das famílias – minha e do outro suspeito envolvido.

Vamos a prosa de currais e zebus. Na última edição da Revista da ABCZ – Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – há uma ótima matéria que trata da lida e dos desafios dos técnicos daquela entidade, na qual um dos personagens é o nosso Dr. Rodrigo Madruga. Conhece o cara?

Na verdade, a matéria é digna de registro e “espalhamento” por merecimento ao trabalho e trajetória do Rodrigo e já está rodando nas tais redes sociais (prefiro as redes privadas de sol-a-sol feitas no Seridó). Às vésperas de mais uma Expozebu – que acontece a partir de hoje em Uberaba – a matéria com o Dr. Rodrigo vai deixar os zebueiros potiguares todos anchos nas andanças pelas alamedas do Parque Fernando Costa, inclusive o “Senhor da Chapada do Apodi”, como o Rodrigo é tratado e citado. Então, deixe de lado qualquer suspeição – que não cabe – e espalhe a notícia pois, esta sim, é cabível, como dizem os doutores das leis.

A outra conversa é sobre uma carta do bardo Alex, postada do Egito, que você publicou no último domingo, para o meu desassossego. Nela, o missivista, poeta e engenhoso engenheiro notívago invade a intimidade de dois amigos seus; no caso, eu e o Dr. Florentino Vereda. Não dei muito cabimento e só posso creditar tal “suspeita” ou insinuação à vasta imaginação do nobre Nascimento que se mostra mais fértil do que as margens do Nilo, onde se encontra desocupado, divagando e trocando a noite pelo dia, como sempre. Ou seja: termina sendo um boato internacional.

Ora, ora, WM! Só na cabeça de um turista de Lagoa Seca, com insolação, no sopé de uma esfinge, com os olhos cheios de areia e a cabeça cheia de maldade caberia que eu e o doutor Florentino iríamos ter um caso em uma escola que forma moças, certamente soturna e repressora. Em meu nome, no do Dr. Vereda e de nossas famílias, posso garantir que isto é ilação, até por ser ilógico quando ao local e os atrativos para o suposto ocorrido. Se tivéssemos que ter algum “caso” é lógico que teria sido no Jalapão – que batemos de cabo a rabo – e que é uma região árida pontilhada de oásis, cortada por imensa teia de rios, riachos e ribeirões, todos de água límpida e transparente. Lá, sim, seria até provável (mas não houve nada, garanto), pois se pode tomar banho nu, chupar mangabas trepados nos galhos, colher araçás e capim dourado e, depois, repousar num arraial do Rio Sono, de Novo Acordo, ou mesmo, pernoitar numa das dunas que margeiam e escondem o Rio Soninho, belo e calmo veio d’água frequentado e guardado pela comunidade dos Mumbucas – ex-escravos fugidos da Bahia.

Sendo o que ocorre neste úmido calor tropical, deixo o meu abraço, garanto que volto logo e peço os devidos registros – pelo menos da primeira prosa dos currais. A segunda conversa só dê publicidade se acreditar na minha versão e se concordar em resgatar a honra dos seus amigos, já que se trata de desabafo de foro íntimo meu, de Florentino e do amante romano – Marco Antônio – da rua São José.

Ricardo Careca Lemos

Seguem o texto e as imagens da matéria com o nosso Dr. Rodrigo, já que és o último a saber das peraltices do cara.”

Política
Da coluna de Bernardo Melo França, da Folha de S. Paulo:
– Em cinco anos de poder, Dilma deu pouca atenção aos movimentos sociais e de minorias que ajudaram a elegê-la. Preferiu ceder às bancadas religiosas e ruralistas, que depois se uniram a favor do impeachment.
– Prestes a cair, a presidente ensaia uma guinada à esquerda. Não há mais tempo para agitar as ruas. Na melhor hipótese, ela terá plateia para aplaudi-la quando descer a rampa.

Livro
A editora Jovens Escriba anuncia para sexta-feira, 6, o lançamento de dois novos títulos: Fome, romance de Márcio Benjamin, e Tons de amar-ela, livro de poemas de Marcelo de Cristo (decristo). O lançamento duplo ocorrerá no Bar Mormaço, que fica na avenida Tobias Barreto, 138, em Nova Descoberta, por trás da agência dos Correios.

Novo recorde

Mais um recorde do governo Robinson. O novo secretário estadual de Justiça e de Cidadania, Walber Virgolino (nada a ver com Lampião), que tomará posse amanhã, ´é o quinto que ocupa o cargo derna que começou o mandato de Robinson, coisa de um ano e três meses.

Fazendo as contas, cada secretário só permaneceu no cargo 3 meses. Deve ser um recorde não apenas estadual, mas nacional. Quem sabe, internacional… O caótico sistema prisional do Estado, onde todos os dias fogem presos, ficará agora aos cuidados de mais um paraibano importado por Robinson.

A Ordem 
A Arquidiocese de Natal lança, amanhã, o primeiro número da revista A Ordem, que será mensal.  É inspirada no jornal A Ordem, fundado em 1935 e que deixou de circular em 1967. O jornal de Otto Guerra e de Ulisses de Gois marcou presença importante na imprensa norte-rio-grandense.

Agora a Arquidiocese reinventa a Ordem em forma de revista. Bravos! O lançamento acontecerá, a partir das 10 horas no Centro Pastoral Pio X, que fica no subsolo da Catedral Metropolitana de Natal);

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