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Dunas invadem casas em Jenipabu

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As dunas móveis na praia de Jenipabu, no município de Extremoz,  estão invadindo as casas de veraneio que foram construídas mais próximas à Barra do Rio. Pelo menos três casas estão soterradas, enquanto a areia se aproxima, lentamente de uma quarta casa situada a uns 20 metros do leito do rio. “A gente perdeu de vender a casa por R$ 600 mil por isso”, diz o aposentado Lyle Nelson, marido da proprietária da residência, Naide Toscano.

As dunas móveis na praia de Jenipabu, no município de Extremoz,  estão invadindo as casas de veraneio que foram construídas mais próximas à Barra do Rio. Pelo menos três casas estão soterradas, enquanLyle Nelson diz que há uns dois anos vem tentando obter junto ao Instituto Estadual de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema-RN) uma autorização para a remoção das areias, que já invadiram uma parte do alpendre da casa. “As areias só podem ser retiradas com essa ordem”, continuou ele, que lamenta a demora sobre uma tomada de decisão daquele órgão público: “Entra ano e sai ano e não se resolve nada”.

Segundo Nelson, a casa de veraneio hoje se encontra fechada e para que nada seja roubado, paga-se um salário mínimo a um caseiro para tomar conta dela. As outras casas que foram cobertas pelas dunas, estão sem janelas e portas, arrancadas por ladrões.

O  caseiro Cícero Francisco Emiliano diz que chegou a retirar a areia manualmente uma vez, mas na situação em que se encontra hoje não tem mais condições físicas para tanto trabalho, porque, na sua opinião, só um trator pode remover as areias: “não dá para ir contra a natureza”, disse ele.

A coordenadora de Meio Ambiente do Idema, Ivanosca Miranda, disse que iria pesquisar a procedência do processo da casa de veraneio pertencente à Naide Toscano, mas ela informou que nesse caso, o que tem de verificar é se existe uma “atividade de risco” que requer uma ação de caráter emergencial.

Como as casas se tratam de propriedades privadas, a superintendente estadual do Patrimônio Público da União, Ieda Cunha de Medeiros Pereira explica que o órgão não se envolve nessa questão, que está direcionada mais aos órgãos ambientais.

Porém, Ieda Cunha diz que provavelmente essas casas foram construídas em lugar inapropriado, tomando o lugar das dunas, “que estão voltando ao leito normal, exatamente como a praia”.

Segundo ela, o que o Patrimônio Público da União tem feito é notificar os proprietários de casas de veraneio construídas irregularmente, em áreas de uso comum da população e que, por isso, “não podem ser privatizadas”.

No ano passado, informou ela, foram removidas 64 residências de veraneio em diversas praias e, em outros casos, muitas pessoas fizeram o recuo dos imóveis. Na semana passada, por exemplo, também foram removidas 20 barracas que estavam localizadas irregularmente na praia Ponta do Madeiro, no município de Tibau do Sul, a 77,6 quilômetros de Natal.

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