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E a terceira via?

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Garibaldi filho
Ex-senador
O sentimento é de uma certa frustração entre os bolsonaristas e os antibolsonaristas. É que ambos perderam não apenas uma batalha, mas a própria guerra.
Não há nada, portanto, que possam comemorar. Mas os brasileiros que não integram ou seguem os polos políticos podem se considerar satisfeitos diante a preservação do regime democrático. Isso, diante das ameaças sofridas, já seria algo que contentaria os que acreditam na importância da manutenção do funcionamento das instituições e das liberdades. A preservação do Estado democrático de direito é algo positivo, embora alguns, minoritários, insistem nas teses contrárias. 
Claro, a luta não terminou.  Afinal, “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Quem nos garante que não teremos novos desafios, no futuro, para assegurar a vigência do regime democrático no nosso país? 
As possibilidades de que surjam iniciativas ameaçadoras não podem ser descartadas. Daí, a necessidade de permanecermos atentos. E ainda temos o desafio do enfrentamento dos problemas que tanto preocupam a população, como desemprego alarmante,  crise hídrica, inflação desenfreada, que volta a dar sinais de retorno, após debelada com o Plano Real desde 1994. 
Em uma conjuntura econômica na qual são impostas essas dificuldades, cada vez maiores, ao povo, são minadas as energias de todos, enquanto não forem oferecidas respostas aos questionamentos da sociedade sobre os rumos que serão tomados para voltarmos a crescer.
Então, que regime é este cujos governantes não resolvem ou ao menos minimizem os problemas da população? 
Não tenhamos dúvidas de que, nesta conjuntura, as manifestações dos dois últimos finais de semana — na Avenida Paulista e na Praça dos Três Poderes — são motivos para reflexão. A multidão reunida no dia 7, impressionou pela sua grandiosidade e a do dia 12, por se apresentar, mirrada, minúscula mesmo. 
A primeira não pode ser comemorada pelos desvios como foi vista pelos seus organizadores e opositores. Já a segunda provocou temores muito justificados, porque se esperava que se constituísse em uma resposta da chamada terceira via. Apelar para impeachment, depois de tudo isso, terminaria levando o nosso país para o tumulto da sua vida política.
O ideal é que tivéssemos esta terceira via preparada para enfrentar o desafio das urnas. As pesquisas não nos asseguram isso a despeito de tantos problemas que teríamos de enfrentar.  
Mas ainda haverá muitas discussões, articulações, entendimentos e fatos na vida política até que entremos em 2022. Vamos acompanhar com atenção o desenrolar dos acontecimentos. O importante é que se apresenta ao eleitor candidaturas propositivas e em um debate qualificado sobre como poderemos enfrentar os desafios nacionais.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

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