Rio de Janeiro (AE) – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – a soma dos bens e serviços produzidos no país e um dos termômetros que medem o ritmo da economia – recuou 0,6% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre – foi a sexta queda seguida e a mais forte sofrida pelas economias globais no período. A retração foi divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além do Brasil, Chile e México ‘encolheram’ no período. A queda foi de 0,4% no Chile e de 0,2% no México.
Os dados foram os últimos da atividade econômica do País ainda sob o comando de Dilma Rousseff, que foi afastada ontem definitivamente do cargo, em processo de impeachment.
Houve ligeira recuperação na indústria e nos investimentos. Isso, porém, ainda não foi suficiente para compensar o recuo no setor de serviços e tirar a economia do vermelho.
“O interessante é ver onde a recuperação está mais positiva, que é na indústria e nos investimentos. Além da expectativa pela mudança no governo, houve recomposição de estoques, substituições de importações, além de aumento nas exportações. Mas o consumo, os serviços e o mercado de trabalho seguem fracos e a retomada será lenta”, disse Gustavo Loyola, sócio da Tendências Consultoria Integrada.
Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o PIB recuou 3,8% no segundo trimestre. No ano, a queda acumulada é de 4,6%, ante igual período de 2015. Em 12 meses, até o segundo trimestre de 2016, alcançou 4,9%. O PIB do segundo trimestre do ano totalizou R$ 1,53 trilhão.
Entre as atividades econômicas, os piores desempenhos foram dos serviços e da agropecuária. Nos serviços a queda foi de 0,8% em relação ao primeiro trimestre de 2016. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, caiu 3,3%. O da agropecuária caiu 2% ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, recuou 3,1%. Já o PIB da indústria subiu 0,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, caiu 3%.