Um grupo de quase 200, entre os mais renomados economistas do País,
assinam uma carta aberta em que pedem medidas efetivas de combate à
pandemia. Entre eles, os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Marcílio
Marques Moreira, Maílson da Nóbrega e Ruben Ricupero, os ex-presidentes
do Banco Central Armínio Fraga, Gustavo Loyola, Pérsio Arida, Ilan
Goldfajn e Affonso Celso Pastore e ligados ao mercado financeiro, como o
presidente do Credit Suisse, José Olympio Pereira, e o conselheiro do
Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles.
O manifesto será enviado na próxima semana aos líderes dos três poderes:
o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo
Tribunal Federal, Luiz Fux, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e o
da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Ao chamar a situação social de “desoladora”, os especialistas detalham
perspectivas de agravamento das condições econômicas do País. Dizem que a
piora da perspectiva não se dá por ausência de recursos, mas pela falta
de prioridade à vacinação. Pedem e detalham alternativas a quatro
pontos: aceleração do ritmo de vacinação; incentivo ao uso e
distribuição de máscaras; implementação de medidas de distanciamento
social locais, com coordenação nacional; e criação de mecanismo de
coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional.
Entre outros alertas, ele dizem que, com 40% da força de trabalho do
País ganhando a vida de maneira informal e sem qualquer proteção contra o
desemprego, é preciso ação imediata. Pedem também a retomada urgente de
medidas de apoio a pequena e médias empresas. Propõe ainda o andamento
em paralelo “de uma reforma no sistema de proteção social, visando
aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos
informais.”
Leia a carta na íntegra:
O País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo
Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia
O Brasil é hoje o epicentro mundial da Covid-191, com a maior média móvel de novos casos.
Enquanto caminhamos para atingir a marca tétrica de 3 mil mortes por dia
e um total de mortes acumuladas de 300 mil ainda esse mês, o quadro
fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de saúde na
grande maioria de estados, com insuficiente número de leitos de UTI,
respiradores e profissionais de saúde. Essa situação tem levado a mortes
de pacientes na espera pelo atendimento, contribuindo para uma maior
letalidade da doença.
A situação econômica e social é desoladora. O PIB encolheu 4,1% em 2020 e
provavelmente observaremos uma contração no nível de atividade no
primeiro trimestre deste ano?. A taxa de desemprego por volta de 14%, é
a mais elevada da série histórica, e subestima o aumento do desemprego,
pois a pandemia fez com que muitos trabalhadores deixassem de procurar
emprego, levando a uma queda da força de trabalho entre fevereiro e
dezembro de 5,5 milhões de pessoas.
A contração da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais
pobres e vulneráveis, com uma queda de 10,5% no número de trabalhadores
informais empregados, aproximadamente duas vezes a queda proporcional no
número de trabalhadores formais empregados?.
Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi
causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for
controlada por uma atuação competente do governo federal. Este
subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por
ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para
lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a
vacinação em massa da população. Infelizmente, estamos atrasados. Em
torno de 5% da população recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos
coloca na 45ª posição no ranking mundial de doses aplicadas por
habitante.
O ritmo de vacinação no país é insuficiente para vacinar os grupos
prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) no 1º semestre de
2021, o que amplia o horizonte de vacinação para toda a população para
meados de 2022.
As consequências são inomináveis. No momento, o Brasil passa por
escassez de doses de vacina, com recorrentes atrasos no calendário de
entregas e revisões para baixo na previsão de disponibilidade de doses a
cada mês. Na semana iniciada em 8 de março foram aplicadas, em média,
apenas 177 mil doses por dia.
No ritmo atual, levaríamos mais de 3 anos para vacinar toda a população.
O surgimento de novas cepas no país (em especial a P.1) comprovadamente
mais transmissíveis e potencialmente mais agressivas, torna a vacinação
ainda mais urgente. A disseminação em larga escala do vírus, além de
magnificar o número de doentes e mortos, aumenta a probabilidade de
surgirem novas variantes com potencial de diminuir a eficácia das
vacinas atuais.
Vacinas são relativamente baratas face ao custo que a pandemia impõe à
sociedade. Os recursos federais para compra de vacinas somam R$ 22
bilhões, uma pequena fração dos R$ 327 bilhões desembolsados nos
programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 2020.
Vacinas têm um benefício privado e social elevado, e um custo total
comparativamente baixo. Poderíamos estar em melhor situação, o Brasil
tem infraestrutura para isso. Em 1992, conseguimos vacinar 48 milhões de
crianças contra o sarampo em apenas um mês.
Na campanha contra a Covid-19, se estivéssemos vacinando tão rápido
quanto a Turquia, teríamos alcançado uma proporção da população duas
vezes maior, e se tanto quanto o Chile, dez vezes maior. A falta de
vacinas é o principal gargalo. Impressiona a negligência com as
aquisições, dado que, desde o início da pandemia, foram desembolsados R$
528,3 bilhões em medidas de combate à pandemia, incluindo os custos
adicionais de saúde e gastos para mitigação da deteriorada situação
econômica. A redução do nível da atividade nos custou uma perda de
arrecadação tributária apenas no âmbito federal de 6,9%, aproximadamente
R$ 58 bilhões, e o atraso na vacinação irá custar em termos de produto
ou renda não gerada nada menos do que estimados R$ 131,4 bilhões em
2021, supondo uma recuperação retardatária em 2 trimestres.
Nesta perspectiva, a relação benefício custo da vacina é da ordem de
seis vezes para cada real gasto na sua aquisição e aplicação. A
insuficiente oferta de vacinas no país não se deve ao seu elevado custo,
nem à falta de recursos orçamentários, mas à falta de prioridade
atribuída à vacinação.
O quadro atual ainda poderá deteriorar-se muito se não houver esforços
efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos
para limitação de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e
aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de
medidas de distanciamento social.
Da mesma forma é essencial a introdução de incentivos e políticas
públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços
observados na União Europeia e nos Estados Unidos.
A controvérsia em torno dos impactos econômicos do distanciamento social
reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da
população vulnerável. Na realidade, dados preliminares de óbitos e
desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico
tiveram mais óbitos de Covid-19. A experiência mostrou que mesmo países
que optaram inicialmente por evitar o lockdown terminaram por adotá-lo,
em formas variadas, diante do agravamento da pandemia – é o caso do
Reino Unido, por exemplo. Estudos mostraram que diante da aceleração de
novos casos, a população responde ficando mais avessa ao risco
sanitário, aumentando o isolamento voluntário e levando à queda no
consumo das famílias mesmo antes ou sem que medidas restritivas formais
sejam adotadas.15 A recuperação econômica, por sua vez, é lenta e
depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de
saúde no país.
Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada.
O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a
precariedade do nosso sistema de proteção social. Em particular, os
trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da força de
trabalho, não têm proteção contra o desemprego. No ano passado, o
auxílio emergencial foi fundamental para assistir esses trabalhadores
mais vulneráveis que perderam seus empregos, e levou a uma redução da
pobreza, evidenciando a necessidade de melhoria do nosso sistema de
proteção social. Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os
mais vulneráveis, como o auxílio emergencial, se fazem necessárias. Em
paralelo, não devemos adiar mais o encaminhamento de uma reforma no
sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de
assistência social e prover seguro aos informais. Uma proposta nesses
moldes é o programa de Responsabilidade Social, patrocinado pelo Centro
de Debate de Políticas Públicas, encaminhado para o Congresso no final
do ano passado.
Outras medidas de apoio às pequenas e médias empresas também se fazem
necessárias. A experiência internacional com programas de aval público
para financiamento privado voltado para pequenos empreendedores durante
um choque negativo foi bem-sucedida na manutenção de emprego, gerando um
benefício líquido positivo à sociedade.
O aumento em 34,7% do endividamento dos pequenos negócios durante a
pandemia amplifica essa necessidade. A retomada de linhas avalizadas
pelo Fundo Garantidor para Investimentos e Fundo de Garantia de
Operações é uma medida importante de transição entre a segunda onda e o
pós-crise.
Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a
partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados,
informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para
perder em debates estéreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas
experiências bem-sucedidas, por ações de baixo custo e alto impacto,
por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes
que o país vive.
Medidas indispensáveis de combate à pandemia: a vacinação em massa é
condição sine qua non para a recuperação econômica e redução dos óbitos.
1. Acelerar o ritmo da vacinação.
O maior gargalo para aumentar o ritmo da vacinação é a escassez de
vacinas disponíveis. Deve-se, portanto, aumentar a oferta de vacinas de
forma urgente. A estratégia de depender da capacidade de produção local
limitou a disponibilidade de doses ante a alternativa de pré-contratar
doses prontas, como fizeram o Chile e outros países. Perdeu-se um tempo
precioso e a assinatura de novos contratos agora não garante oferta de
vacinas em prazo curto. É imperativo negociar com todos os laboratórios
que dispõem de vacinas já aprovadas por agências de vigilância
internacionais relevantes e buscar antecipação de entrega do maior
número possível de doses. Tendo em vista a escassez de oferta no mercado
internacional, é fundamental usar a política externa – desidratada de
ideologia ou alinhamentos automáticos – para apoiar a obtenção de
vacinas, seja nos grandes países produtores seja nos países que têm ou
terão excedentes em breve.
A vacinação é uma corrida contra o surgimento de novas variantes que
podem escapar da imunidade de infecções passadas e de vacinas antigas.
As novas variantes surgidas no Brasil tornam o controle da pandemia mais
desafiador, dada a maior transmissibilidade.
Com o descontrole da pandemia é questão de tempo até emergirem novas
variantes. O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento
genômico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade
internacional e de testar a eficácia das vacinas contra outras variantes
com máxima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em
risco toda a população brasileira, e também de outros países.
2. Incentivar o uso de máscaras tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa.
Economistas estimaram que se os Estados Unidos tivessem adotado regras
de uso de máscaras no início da pandemia poderiam ter reduzido de forma
expressiva o número de óbitos. Mesmo se um usuário de máscara for
infectado pelo vírus, a máscara pode reduzir a gravidade dos sintomas,
pois reduz a carga viral inicial que o usuário é exposto. Países da
União Europeia e os Estados Unidos passaram a recomendar o uso de
máscaras mais eficientes – máscaras cirúrgicas e padrão PFF2/N95 – como
resposta às novas variantes. O Brasil poderia fazer o mesmo,
distribuindo máscaras melhores à população de baixa renda, explicando a
importância do seu uso na prevenção da transmissão da Covid.
Máscaras com filtragem adequada têm preços a partir de R$ 3 a unidade. A
distribuição gratuita direcionada para pessoas sem condições de
comprá-las, acompanhada de instrução correta de reuso, teria um baixo
custo frente aos benefícios de contenção da Covid-1923. Considerando o
público do auxílio emergencial, de 68 milhões de pessoas, por exemplo, e
cinco reusos da máscara, tal como recomenda o Center for Disease
Control do EUA, chegaríamos a um custo mensal de R$ 1 bilhão. Isto é, 2%
do gasto estimado mensal com o auxílio emergencial. Embora leis de uso
de máscara ajudem, informar corretamente a população e as lideranças
darem o exemplo também é importante, e tem impacto na trajetória da
epidemia. Inversamente, estudos mostram que mensagens contrárias às
medidas de prevenção afetam a sua adoção pela população, levando ao
aumento do contágio.
3. Implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional.
O termo “distanciamento social” abriga uma série de medidas distintas,
que incluem a proibição de aglomeração em locais públicos, o estímulo ao
trabalho a distância, o fechamento de estabelecimentos comerciais,
esportivos, entre outros, e – no limite – escolas e creches. Cada uma
dessas medidas tem impactos sociais e setoriais distintos. A melhor
combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da
transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das
características da geografia e da economia de cada região ou cidade.
Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de
responsabilidade das autoridades locais.
Com o agravamento da pandemia e esgotamento dos recursos de saúde,
muitos estados não tiveram alternativa senão adotar medidas mais
drásticas, como fechamento de todas as atividades não-essenciais e o
toque de recolher à noite. Os gestores estaduais e municipais têm
enfrentado campanhas contrárias por parte do governo federal e dos seus
apoiadores. Para maximizar a efetividade das medidas tomadas, é
indispensável que elas sejam apoiadas, em especial pelos órgãos
federais. Em particular, é imprescindível uma coordenação em âmbito
nacional que permita a adoção de medidas de caráter nacional, regional
ou estadual, caso se avalie que é necessário cercear a mobilidade entre
as cidades e/ou estados ou mesmo a entrada de estrangeiros no país. A
necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser
avaliado. É urgente que os diferentes níveis de governo estejam
preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo critérios
para a sua adoção em termos de escopo, abrangência das atividades
cobertas, cronograma de implementação e duração.
Ademais, é necessário levar em consideração que o acréscimo de adesão ao
distanciamento social entre os mais vulneráveis depende crucialmente do
auxílio emergencial. Há sólida evidência de que programas de amparo
socioeconômico durante a pandemia aumentaram o respeito às regras de
isolamento social dos beneficiários. É, portanto, não só mais justo como
mais eficiente focalizar a assistência nas populações de baixa renda,
que são mais expostas nas suas atividades de trabalho e mais vulneráveis
financeiramente.
Dentre a combinação de medidas possíveis, a questão do funcionamento das
escolas merece atenção especial. Há estudos mostrando que não há
correlação entre aumento de casos de infecção e reabertura de escolas no
mundo. Há também informações sobre o nível relativamente reduzido de
contágio nas escolas de São Paulo após sua abertura.
As funções da escola, principalmente nos anos do ensino fundamental, vão
além da transmissão do conhecimento, incluindo cuidados e acesso à
alimentação de crianças, liberando os pais – principalmente as mães –
para o trabalho. O fechamento de escolas no Brasil atingiu de forma mais
dura as crianças mais pobres e suas mães. A evidência mostra que alunos
de baixa renda com menor acesso às ferramentas digitais, enfrentam
maiores dificuldade de completar as atividades educativas, ampliando a
desigualdade da formação de capital humano entre os estudantes.
Portanto, as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a
reabrir em um esquema de distanciamento social. Há aqui um papel
fundamental para o Ministério da Educação em cooperação com o Ministério
da Saúde na definição e comunicação de procedimentos que contribuam
para a minimização dos riscos de contágio nas escolas, além do uso de
ferramentas comportamentais para retenção da evasão escolar, como o uso
de mensagens de celular como estímulo para motivar os estudantes,
conforme adotado em São Paulo e Goiás.
4. Criar mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional –
Preferencialmente pelo Ministério da Saúde e, na sua ausência, por
consórcio de governadores – orientada por uma comissão de cientistas e
especialistas, se tornou urgente. Diretrizes nacionais são ainda mais
necessárias com a escassez de vacinas e logo a necessidade de definição
de grupos prioritários; com as tentativas e erros no distanciamento
social; a limitada compreensão por muitos dos pilares da prevenção,
particularmente da importância do uso de máscara, e outras medidas no
âmbito do relacionamento social. Na ausência de coordenação federal, é
essencial a concertação entre os entes subnacionais, consórcio para a
compra de vacinas e para a adoção de medidas de supressão.
O papel de liderança: Apesar do negacionismo de alguns poucos,
praticamente todos os líderes da comunidade internacional tomaram a
frente no combate ao Covid-19 desde março de 2020, quando a OMS declarou
o caráter pandêmico da crise sanitária. Informando, notando a gravidade
de uma crise sem precedentes em 100 anos, guiando a ação dos indivíduos
e influenciado o comportamento social.
Líderes políticos, com acesso à mídia e às redes, recursos de Estado, e
comandando atenção, fazem a diferença: para o bem e para o mal. O
desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o
estímulo à aglomeração, e o flerte com o movimento antivacina,
caracterizou a liderança política maior no país. Essa postura reforça
normas antissociais, dificulta a adesão da população a comportamentos
responsáveis, amplia o número de infectados e de óbitos, aumenta custos
que o país incorre.
O país pode se sair melhor se perseguimos uma agenda responsável. O país
tem pressa; o país quer seriedade com a coisa pública; o país está
cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, ações erradas
ou tardias. O Brasil exige respeito.
Assinam a carta:
1 – Affonso Celso Pastore
2 – Alexandre Lowenkron
3 – Alexandre Rands
4 – Alexandre Schwartsman
5 – Álvaro de Souza
6 – Amanda de Albuquerque
7 – Ana Carla Abrão
8 – André de Castro Silva
9 – André Luis Squarize Chagas
10 – André Magalhães
11 – André Portela
12 – Andrea Lucchesi
13 – Angélica Maria de Queiroz
14 – Aod Cunha
15 – Armínio Fraga
16 – Beny Parnes
17 – Bernard Appy
18 – Bráulio Borges
19 – Braz Camargo
20 – Carlos Alberto Manso
21 – Carlos Ari
22 – Carlos Brunet Martins Filho
23 – Carlos Góes
24 – Carolina Grottera
25 – Cassiana Fernandez
26 – Christiano Penna
27 – Claudia Sussekind Bird
28 – Claudio Considera
29 – Cláudio Frischtak
30 – Claudio Ribeiro de Lucinda
31 – Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt
32 – Daniel Cerqueira
33 – Daniel Gleizer
34 – Danielle Carusi Machado
35 – Danilo Camargo Igliori
36 – Demósthenes Madureira de Pinho Neto
37 – Dimitri Szerman
38 – Edmar Bacha
39 – Eduardo Amaral Haddad
40 – Eduardo Augusto Guimarães
41 – Eduardo Mazzilli de Vassimon
42 – Eduardo Pontual
43 – Eduardo Souza-Rodrigues
44 – Eduardo Zilberman
45 – Eduardo Zylberstajn
46 – Eleazar de Carvalho
47 – Elena Landau
48 – Fabiana Rocha
49 – Fábio Barbosa
50 – Fabio Giambiagi
51 – Felipe Salto
52 – Fernando Genta
53 – Fernando Postali
54 – Fernando Veloso
55 – Flávio Ataliba
56 – Francisco Ramos
57 – Francisco Soares de Lima
58 – Gabriella Seiler
59 – Genaro Lins
60 – Giovanna Ribeiro
61 – Guilherme Irffi
62 – Guilherme Tinoco
63 – Guilherme Valle Moura
64 – Gustavo Gonzaga
65 – Gustavo Loyola
66 – Helcio Tokeshi
67 – Helena Arruda Freire
68 – Henrique Félix
69 – Horácio Lafer Piva
70 – Humberto Moreira
71 – Ilan Goldfajn
72 – Isacson Casiuch
73 – Joana C.M. Monteiro
74 – Joana Naritomi
75 – João Mário de França
76 – José Augusto Fernandes
77 – José Monforte
78 – José Olympio Pereira
79 – José Roberto Mendonça de Barros
80 – José Tavares de Araujo
81 – Josué Alfredo Pellegrini
82 – Juliana Camargo
83 – Juliano Assunção
84 – Laísa Rachter
85 – Laura de Carvalho Schiavon
86 – Laura Karpuska
87 – Leandro Piquet Carneiro
88 – Leane Naidin
89 – Leany Barreiro Lemos
90 – Leonardo Monteiro Monasterio
91 – Leonardo Rezende
92 – Lucas M. Novaes
93 – Lucia Hauptmann
94 – Luciano Losekann
95 – Luciene Pereira
96 – Luís Meloni
97 – Luis Terepins
98 – Maílson da Nóbrega
99 – Manoel Pires
100 – Manuel Thedim
101 – Marcela Carvalho Ferreira de Mello
102 – Marcelo André Steuer
103 – Marcelo Barbará
104 – Marcelo Cunha Medeiros
105 – Marcelo de Paiva Abreu
106 – Marcelo F. L. Castro
107 – Marcelo Fernandes
108 – Marcelo Justus
109 – Marcelo Kfoury
110 – Marcelo Leite de Moura e Silva
111 – Marcelo Pereira Lopes de Medeiros
112 – Marcelo Trindade
113 – Marcílio Marques Moreira
114 – Márcio Garcia
115 – Márcio Holland
116 – Márcio Issao Nakane
117 – Marco Bonomo
118 – Marcos Lederman
119 – Marcos Ross Fernandes
120 – Maria Alice Moz-Christofoletti
121 – Maria Cristina Pinotti
122 – Maria Dolores Montoya Diaz
123 – Mário Ramos Ribeiro
124 – Marisa Moreira Salles
125 – Maurício Canêdo Pinheiro
126 – Mauro Rodrigues
127 – Miguel Nathan Foguel
128 – Mônica Viegas Andrade
129 – Naercio Menezes Filho
130 – Natália Nunes Ferreira-Batista
131 – Nilson Teixeira
132 – Octavio de Barros
133 – Otaviano Canuto
134 – Patrícia Franco Ravaioli
135 – Paula Carvalho Pereda
136 – Paula Magalhães
137 – Paulo Hartung
138 – Paulo Hermanny
139 – Paulo Ribeiro
140 – Paulo Tafner
141 – Pedro Bodin de Moraes
142 – Pedro Cavalcanti Ferreira
143 – Pedro Henrique Thibes Forquesato
144 – Pedro Malan
145 – Pedro Moreira Salles
146 – Persio Arida
147 – Priscilla Albuquerque Tavares
148 – Rafael B. Barbosa
149 – Rafael Dix-Carneiro
150 – Regina Madalozzo
151 – Renato Fragelli
152 – Renê Garcia Jr.
153 – Ricardo de Abreu Madeira
154 – Ricardo Markwald
155 – Roberto Bielawski
156 – Roberto Iglesias
157 – Roberto Olinto
158 – Rodrigo Menon S. Moita
159 – Rogério Furquim Werneck
160 – Ruben Ricupero
161 – Ruy Ribeiro
162 – Sabino da Silva Porto Júnior
163 – Samira Schatzmann
164 – Samuel Pessoa
165 – Sandra Rios
166 – Sérgio Besserman Vianna
167 – Sergio Margulis
168 – Silvia Matos
169 – Solange Srour
170 – Stephanie Kestelman
171 – Synthia Santana
172 – Thomas Conti
173 – Tiago Cavalcanti
174 – Tomás Urani
175 – Vagner Ardeo
176 – Vilma da Conceição Pinto
177 – Vinicius Carrasco
178 – Vinícius de Oliveira Botelho
179 – Vitor Pereira
180 – Walter Novaes
181 – Wilfredo Leiva Maldonado