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Efeito Cabral

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Lauro Jardim com Guilherme Amado e Mariana Alvim

Alguns governadores e senadores envolvidos na Lava-Jato e com mandato terminando em 2018 têm planejado disputar a Câmara em vez de tentar uma reeleição. Preferem uma eleição segura, que lhes garanta o foro privilegiado, ao risco de acabar como Sérgio Cabral, nas mãos de Sérgio Moro.

Sem visitas Preso há pouco mais de um mês em Bangu, Eike Batista ainda não recebeu a visita de seus dois filhos. Foi um pedido do próprio Eike.

Fala, Moro
“O Lula será preso?” No fim do ano, um interlocutor conversava com Sérgio Moro e argumentou que o ex-presidente nunca iria preso, pois o país ficaria em chamas. Moro não respondeu diretamente. Nem sim, nem não. Mas pontuou com uma frase sugestiva: “Numa democracia pressupõe-se que o príncipe também se submeta às leis”. E mais não disse.

Deu ruim
Sem alarde, a Fiesp rompeu o contrato que tinha desde 2015 com a encrencada Prole, de Renato Pereira, ex-marqueteiro e atual delator da Lava-Jato. O esquema da Fiesp (e Paulo Skaf) com a Prole (e Pereira) era o mesmo que uniu Skaf e Duda Mendonça em 2014. Ou seja, a Fiesp contratava uma agência de propaganda e o seu dono trabalhava como marqueteiro de Skaf.

Ainda tem mais
Os dias de Sérgio Cabral e sua trupe serão ainda mais animados nas próximas semanas. Está avançada a delação dos donos da desconhecida FW Engenharia, construtora que faturou R$ 250 milhões em seus dois governos e foi, em termos relativos, a que mais dinheiro recebeu no período. Ou seja: ganhou muito para uma construtora de seu tamanho. Na lista de obras, estão a Cadeia Pública Bandeira Stampa, em Bangu, onde está preso Eike Batista; o Centro de Comando e Controle, da Secretaria de Segurança; o Centro de Diagnóstico por Imagem; além de obras em hospitais, colégios, delegacias e cadeias. (Navegue no blog por um mapa interativo com as obras e seus valores.)

O foro no STF
Ser um dos 800 brasileiros que possuem foro privilegiado no Supremo não é nunca um mau negócio – para esses 800, claro. Um exemplo: nas ações penais de foro privilegiado no STF o tempo de espera de um processo para uma nova providência do ministro relator ou revisor, que era de sete dias em 2002, saltou para 42 dias em 2015, de acordo com um levantamento inédito do projeto Supremo em Números, da FGV Direito Rio.

Não rolou
Antonio Palocci teve conversas com o MPF sobre uma delação premiada. Mas não houve avanço: o cardápio oferecido por Palocci foi considerado modesto.

Barco afundando
Advogados do escritório de Adriana Ancelmo estão partindo para voos solos ou pedindo demissão. Temem comprometer suas carreiras.

O preferido
Ricardo K., que está associado ao ex-embaixador americano Clifford Sobel, é hoje o preferido do governo para ficar com a encrencada Oi.

Na mira
A United Health, dona da Amil, estuda a compra da Intermédica, terceira maior empresa do setor de plano de saúde do Brasil.

Lá não pode
A JBS americana demitiu recentemente um executivo por um motivo que na JBS brasileira não daria dor de cabeça a ninguém – usar a internet no horário de trabalho. Uma auditoria interna da empresa constatou que o tal executivo navegou pela internet para uso particular por uma média de 30 minutos por dia durante um mês. Foi o suficiente para lhe cortarem a cabeça.

Ainda sem respaldo

No mês passado, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, propôs a legalização da maconha e da cocaína como modo de combater o tráfico e a superlotação dos presídios. Um plano ousado. Por isso mesmo, será preciso muito debate para convencer o brasileiro da ideia. O Paraná Pesquisas fez uma pesquisa em 26 estados com 2.020 brasileiros e eis o que foi apurado: 70,9% e 84,3% dos brasileiros discordam da ideia de se liberar a maconha e a cocaína, respectivamente.

O teatro
Os acionistas da Vale vão contratar um headhunter para sugerir três possíveis sucessores de Murilo Ferreira para o comando da mineradora. É o que reza o estatuto da Vale e assim será feito. Beleza. Mas tem um dado de história da carochinha neste processo que o aproxima da ficção. Afinal, o nome sugerido, seja ele quem for, terá que passar pelo crivo do Palácio do Planalto e de vários grupos políticos.

Briga de gigantes
Está na Justiça do Rio de Janeiro desde o mês passado uma ação que opõe dois gigantes globais do setor de higiene e limpeza e dois dos produtos mais importantes dessas empresas – o Omo e o Ariel. A Unilever entrou na Justiça contra a Procter & Gamble com uma ação de indenização por “perdas e danos materiais e morais”. Acusa a concorrente de “flagrante violação de marca e concorrência desleal”. O motivo principal é a campanha publicitária deflagrada nas redes sociais comparando o Ariel (da P&G) ao Omo (Unilever). Evidentemente, o cotejo é favorável ao anunciante Ariel. A Unilever pede também a imediata suspensão da campanha.

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