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Efeito Lava-Jato

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Lydia Medeiros

A advocacia brasileira está dividida. As mudanças nas leis que deram origem à Lava Jato obrigam a novas formas de atuação dos profissionais do Direito, que passaram a conviver com a rotina de delações premiadas, prisões preventivas e após a condenação em segunda instância. Um grupo de criminalistas, donos de escritórios com clientes envolvidos na Lava Jato, iniciou uma ofensiva dentro da OAB. Quer que a entidade entre na briga com o STF, principalmente, para obter a revogação da decisão sobre cumprimento da pena após a segunda condenação. Representante dessa ala, o advogado Alberto Toron, que defende Aécio Neves, entrou em conflito aberto com o presidente da Ordem, Cláudio Lamachia. Toron disse que a OAB está acovardada. Lamachia respondeu que a entidade representa um milhão de profissionais e não “se sujeita aos interesses particulares de profissional que coloca seus interesses financeiros acima da ética e do respeito com a instituição”. A pedido de outro criminalista, Guilherme Batochio, filho e sócio de José Roberto Batochio, advogado de Lula, o caso foi levado ao Conselho Federal da OAB. A sessão durou quase sete horas. Lamachia venceu, por 20 votos a 3.

Tropa reunida
José Dirceu esteve com a bancada petista ontem. Defendeu a formação de uma ampla frente de esquerda nas eleições. O PT convocou reunião do diretório nacional para o próximo dia 23, em Curitiba, onde montou seu “bunker”. Lula deu sinal verde à presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, para começar a fechar acordos.

Cordão de isolamento
Aliados de Michel Temer acham que o PMDB precisa prestar mais atenção nas pesquisas que apontam uma rejeição de 70% ao governo. Afirmam que o alto índice significa que, em vários estados, ter o apoio do PMDB pode ser “tóxico”. Por isso, sugerem que o partido tenha um candidato ao Planalto, para defender o legado do governo, sem alianças, evitando desgaste e “contaminação” de candidaturas mais viáveis do campo do centro.

União inesperada
Adversários, PT e PSDB travam juntos a instalação da comissão especial na Câmara dos Deputados que vai discutir o projeto de modernização do setor elétrico. Até agora não indicaram representantes. O projeto promete expandir o mercado livre de energia e recuperar o setor devastado por medidas tomadas no governo Dilma Rousseff, em 2013. Os novos rumos do setor elétrico foram debatidos pelas empresas durante a Consulta Pública 33, encabeçada pelo ex-ministro Fernando Coelho Filho (DEM).

Só ano que vem
O projeto de privatização da Eletrobras seria derrotado se fosse votado hoje na comissão especial que analisa a proposta. Segundo integrantes, teria não mais que 20 dos 62 votos. O setor financeiro já não acredita na aprovação neste ano.

Enéas 2019
Aliados de Jair Bolsonaro estão apreensivos com a propaganda eleitoral na TV. Sem alianças fortes, ele terá segundos para se apresentar. Seus colegas na bancada da bala, na Câmara dos Deputados, tentam convencê-lo a suavizar o discurso, voltando-se a um público preocupado com Segurança Pública, mas menos radical do que ele. Mas confessam: “Ele não escuta.”

Na onda
Com o combate às fake news em alta, deputados encheram o protocolo da Câmara dos Deputados com projetos e propostas de audiências. A Comissão de Ciência e Tecnologia juntou as ideias e vai fazer um seminário sobre o assunto no mês que vem.

Concorrência
Suplente de Edison Lobão (PMDB-MA) no Senado, Pastor Bel (PSDC) se despediu ontem do cargo agradecendo ao titular “pela oportunidade de tirar uma licença para eu assumir esses 121 dias”. E anunciou que será candidato para retornar em 2019, “se Jesus não voltar antes”: “Porque quero que Jesus volte até lá, já que a confusão está grande no Brasil.”

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