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Efeitos da pandemia fazem cota da Copa do Nordeste de 2021 ter queda

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A Copa do Nordeste, cujo início está programado para o dia 27 de fevereiro, tem fama de competição rentável, mas assim como todo espectro esportivo foi atingido de forma frontal pela pandemia de coronavírus, sofrendo redução na verba de patrocinadores. A temporada de 2021 será a primeira vez, desde retornou ao calendário oficial do futebol nacional, em 2013, que foi registrado retração no bolo de patrocinadores e, por consequência, da premiação paga aos clubes participantes. Dirigentes da Liga do Nordeste acreditam que a queda de negócios provocada pela necessidade de realizar o isolamento social, afetou a economia e o reflexo foi uma retração estimada em R$ 7,5 milhões nas verbas para competição de 2021.

Evolução do bolo financeiro da Copa do Nordeste

O corte no bolo publicitário da competição nordestina é um fato inédito na história da Liga do Nordeste, que ano a ano vem trabalhando e conseguindo fazer o interesse pela competição crescer dentro do mercado. Se em 2013, após um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que após seguidas derrotas na justiça aceitou recolocar a Copa NE no calendário oficial, a cota foi de  R$ 5.6 milhões, o sucesso da competição pode ser medido pela própria evolução do bolo de patrocínio, que no ano passado obteve sua melhor marca R$ 34,3 milhões.

A arrecadação de R$ 26.9 milhões obrigou a Liga do Nordeste a apertar os cintos e oferecer premiações um pouco mais modestas, aos participantes da competição. No RN o ABC é o único classificado para disputar a fase de grupos do torneio.

Os valores, revelados pelo jornalista Fernando Graziani, no jornal O Povo, apontam uma retração em toda a fase de grupos, que conta com quatro “subgrupos de cotistas” definidos a partir das colocações no Ranking Nacional de Clubes. Do ano passado para a temporada desse ano, a receita da etapa classificatória, com 64 jogos, caiu de R$ 24,7 milhões para R$ 21,22 milhões (-14,0%). A média por jogo é de R$ 331 mil. Já a fase eliminatória, com 8 partidas, caiu de R$ 5,4 mi para R$ 5,3 mi (-1,8%). A média por jogo dobra na fase decisiva, ficando em R$ 662 mil.

Levando em consideração que  os quatro clubes eliminados na seletiva, a “Pré-Copa do Nordeste”, ganharam R$ 100 mil cada, o total em cotas fixas caiu de R$ 30,5 milhões para R$ 26,92 milhões. Uma queda absoluta de R$ 3,58 milhões, ou -11%; veja abaixo todas as cotas, aponta Fernando Graziani.

Que optou por calcular pela verba fixa, uma forma de comprovar a redução de fato, pois a cota da edição vencida pelo Ceará, na realidade, foi de R$ 34,3 milhões, considerada recorde para o torneio. A conta leva em consideração ainda o valor repassado à Copa do Nordeste Sub 20 (R$ 800 mil) e a receita gerada pela plataforma de streaming Live FC, de R$ 3 milhões.

Somando as cotas de premiação, o próximo campeão nordestino vai receber R$ 1,65 milhão durante a fase eliminatória – redução de R$ 25 mil em relação ao último ano. Somando à cota fixa inicial, a arrecadação total pelo título pode ser de R$ 2,29 mi para os times do subgrupo 4 (-160 mil), R$ 2,94 mi para os do subgrupo 3 (-235 mil), R$ 3,115 mi para os do subgrupo 2 (-260 mil) e R$ 3,56 milhões para os do subgrupo 1 (-315 mil). Considerando apenas o apurado em cotas, o recorde na “Lampions” foi estabelecido em 2020, com o Ceará recebendo R$ 3,875 milhões.

O PPV segue em 2021, mas sem uma “cota-base”. A divisão será sobre as assinaturas na edição, tornando o valor flutuante – para mais ou para menos. E vale lembrar que ainda haverá outro formato de PPV, agora através de operadoras de tevê a cabo. Além da Sky, também terá a NET. Para ao menos igualar a receita total do último Nordestão (incluindo a edição júnior), esta edição precisará buscar R$ 7,38 milhões em PPV. Ou seja, seria um aumento de 146% sobre a base de assinantes.

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