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Efeitos do La Niña custarão R$ 500 milhões ao Brasil

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Rio (AE) – O fenômeno climático  La Niña vai custar ao consumidor brasileiro de energia a soma de R$ 500 milhões. Segundo o diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, esse é o valor necessário para a geração térmica durante o período seco, enquanto os reservatórios das hidrelétricas estiverem em baixa. O ONS estava despachando ontem cerca de 7 mil megawatts (MW) em térmicas e a tendência, disse Chipp, é que as usinas só sejam necessárias até novembro. “Há sinais de mudança da hidrologia”, afirmou o executivo, contando que no subsistema Sudeste-Centro Oeste, o nível de chuvas atingiu 120% da média histórica na última semana.

Ontem, os reservatórios da região estavam com 47% de sua capacidade, 6 pontos porcentuais acima do nível meta. Já no Nordeste, o nível é de 44%, 1 ponto porcentual abaixo da meta. Chipp descartou risco de desabastecimento ao afirmar que as térmicas podem garantir o suprimento enquanto não chover.

“A situação atual é bem diferente de 2007/2008, quando tivemos que ligar as térmicas a óleo”, argumentou. Naquela época, o custo da segurança ultrapassou os R$ 2 bilhões. Há hoje uma capacidade térmica instalada de 14 mil MW no País. Essas usinas podem continuar gerando, a partir de dezembro, caso as previsões de chuvas não se confirmem.

Ao todo, a geração térmica deve custar ao País R$ 1 bilhão, incluindo as usinas ligadas por terem baixo preço de energia e aquelas acionadas para poupar água nos reservatórios. O valor é dividido entre todos os consumidores de energia do País.

A decisão por ligar as térmicas é do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que inclui governo e agentes do setor. Chipp disse contar ainda com o horário de verão, que se inicia no próximo domingo, dia 17, para garantir alguma economia na geração de energia.

Segundo ele, a economia no horário de ponta será de 2,5 mil MW, energia suficiente para abastecer 70% da região metropolitana de uma cidade como o Rio de Janeiro. Isso significa uma redução de R$ 80 milhões por ano nos gastos com geração de energia. Ou, sob outro ângulo, elimina a necessidade de construção de uma térmica de R$ 2 bilhões no sistema elétrico.

Horário de verão garante economia de energia elétrica

Brasília (ABr) – O horário de verão vai gerar uma redução média de 0,5% no consumo total de energia do país, a partir de domingo (17), até 20 de fevereiro de 2011. Isso corresponde a 174 megawatt/hora (MWh) nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e a 145 MWh na Região Sul. E equivale à energia consumida por uma cidade de 3,8 milhões de habitantes e de 1,1 milhão de habitantes, respectivamente.

A estimativa foi divulgada ontem pelo secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner. Segundo ele, a economia de energia com a adoção do horário de verão será num percentual idêntico ao do ano passado. Os relógios deverão ser adiantados em uma hora, a partir de zero hora do dia 17, e voltarão ao normal à zero hora de 20 de fevereiro de 2011.

Os cálculos do Ministério de Minas e Energia são de que nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul a economia será de 5% durante os cinco meses do horário de verão. No Sudeste e no Centro-Oeste, a diminuição esperada nos horários de pico é de 1.945 MWh e na Região Sul a previsão é de que sejam consumidos menos 585 MWh. Esses números equivalem a 62% da energia consumida na cidade do Rio de Janeiro ou duas vezes o que gastam os moradores de Brasília e a 75% do que é consumido em Porto Alegre.

Este ano, ao contrário do que ocorreu em 2006, o início do horário de verão não será adiado por causa do segundo turno das eleições, no próximo dia 31 de outubro. Isso porque, de acordo com o secretário Ildo Grüdtner, as urnas eletrônicas agora já estão programadas para fazer automaticamente a alteração no horário, o que não afeta a realização do pleito.

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