Ele ainda está aqui

Com texto inédito e direção de Silvio Guindane, o espetáculo “Ele ainda está aqui” chega a Natal no próximo dia 10 de maio, às 21h, no Teatro Riachuelo. No elenco, Emilio Dantas, Thelmo Fernandes e Omar Menezes interpretam três irmãos que se conhecem a partir da morte do pai, um rico empresário que apesar de ter conquistado o mundo foi ausente na criação dos filhos. Repleta de humor e com encenação ágil, a montagem traça o paralelo de três vidas completamente distintas que se cruzam para discutir o futuro a partir do que lhes resta no presente: uma herança.

“É um espetáculo que diverte e emociona, que observa as expectativas das personagens através de suas ambições e ausências, gerando grande identificação junto ao espectador”, garante o diretor, explicando que o tema central é a família.

Desabafos, emoções, surpresas e lembranças que vão remexer cada um dos personagens e transformar o passado em presente. Um encontro que vai além da questão financeira: José (Emilio Dantas), Miguel (Thelmo Fernandes) e Francisco (Omar Menezes) nem imaginam que têm muito em comum. E o futuro? Só depende deles.

“Ele ainda está aqui” estreou em setembro de 2018, e já passou por cidades como São Paulo, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Recife, Brasília, Curitiba, Goiânia, Manaus e Uberaba, entre outras. Também circulou no exterior, por países lusófonos como Portugal, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé.

O enredo começa a história a partir da morte de Almeno, que sofreu um infarto fulminante. Ele é o pai dos três personagens: o brasileiro José, o português Miguel e o angolano Francisco, que além de serem recém-conhecidos pouco conheceram o pai. 

Um dia após o enterro do pai, José marca um jantar para os irmãos se conhecerem e, claro, para tentar resolver a divisão da herança de forma amigável. Porém, ao se encontrarem, revela-se que o que está em jogo é muito mais do que o dinheiro. Os sentimentos e as ambições de cada um são derramados durante o jantar, os afetos não vividos, as histórias truncadas, a presença do pai através de sua ausência constante durante toda uma vida. 

José é um empresário de lojas de varejo, que acaba de ir à falência com seus negócios. O português Miguel é um economista que larga tudo em seu país no intuito de vir para o Brasil assumir as empresas do pai. Já Francisco é um homem que regula de idade com os irmãos, e sofre de uma doença psíquica apesar de ser considerado uma pessoa “especial”.

Isso tudo, apimentado pela falta de comunicação que se estabelece entre eles através das armadilhas do idioma – as diferenças de dialeto entre um português, um brasileiro e um africano ajudam a instalar a confusão.