terça-feira, 23 de abril, 2024
28.1 C
Natal
terça-feira, 23 de abril, 2024

Eleições americanas: candidatos reforçam campanha

- Publicidade -

Washington (AE-AP) – Apesar do escorregão nas pesquisas em seguida à viagem do candidato democrata Barack Obama ao exterior, o candidato republicano John McCain retomou ontem seu formato favorito de campanha, os pequenos encontros informais onde ele fica à vontade com os eleitores. McCain, senador pela quarta vez pelo Arizona, almoçou com partidários em Bakersfield, na Califórnia, onde voltou a insistir que a retirada da proibição para explorar petróleo em águas costeiras é um meio de reduzir a dependência dos Estados Unidos por petróleo importado. Obama, que se opõe à derrubada da proibição, esteve na capital do país onde consultou especialistas econômicos sobre maneiras de frear a espiral de declínio da economia americana. A questão econômica é o tema que definirá em quem os americanos votarão para presidente nas eleições de novembro.

Obama disse aos especialistas que agirá “rápida e vigorosamente,” para colocar em efeito novos incentivos para reviver uma economia que perde empregos e está cambaleante em vários setores. Entre os conselheiros em economia que compareceram ao encontro com Obama, estava o dirigente da maior central sindical da América do Norte, a Federação Americana do Trabalho e Congresso das Organizações Industriais (AFL-CIO, na sigla em inglês), John Sweeney, e o ex-dirigente do Federal Reserve, o banco central americano, Paul Volcker. A AFL-CIO representa mais de 10 milhões de trabalhadores. Obama defendeu o corte de impostos para a classe média e incentivos à construção e ao mercado imobiliário para reativar a economia americana, que segundo ele encontra-se numa situação de “emergência.”

A mais recente pesquisa do Instituto Gallup publicada no domingo mostra Obama na frente com vantagem de nove pontos porcentuais – a maior margem sobre McCain desde que o Gallup começou a pesquisar a eleição geral em março. A pesquisa foi realizada entre 24 e 26 de julho, durante os últimos dias da viagem de Obama ao Afeganistão, Oriente Médio e Europa. Do total de 2.692 eleitores entrevistados, 49% disseram que votarão em Obama, enquanto 40% disseram que votarão em McCain. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

O Gallup apurou que uma das razões para o crescimento da intenção de voto em Obama foi a forte cobertura da viagem pela imprensa americana, o que pode ter melhorado a percepção que o eleitor tinha de Obama em política externa – ele sempre foi criticado por McCain pela falta de experiência.

Guerra do Iraque esquenta debates

De volta aos Estados Unidos, após um giro pelo Oriente e Europa, o candidato democrata Barack Obama disse que deseja retornar ao debate sobre a economia – o crescente desemprego, os altos custos da gasolina, preços dos alimentos em alta e a crise no crédito imobiliário – enquanto McCain continuou com os ataques ao rival e sua suposta falta de qualificação para liderar os EUA em tempos de guerra, ao dizer que o democrata “não entende o que está em jogo,” no Iraque.

Num dos seus ataques mais polêmicos, McCain disse na semana passada em New Hampshire que “o senador Obama seria capaz de perder a guerra para vencer uma campanha política.” McCain referia-se às constantes declarações de Obama de que se eleito presidente, irá retirar as tropas americanas do Iraque em 16 meses após a posse.

“O senador Obama não entende o que está em jogo (no Iraque). E ele escolheu um caminho político que o ajudou a obter a nomeação do seu partido. Haveria caos, genocídio, maior influência do Irã, talvez a Al-Qaeda dominasse Iraque”, afirmou McCain.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas