A mulher que levou o primeiro-ministro britânico Gordon Brown a cometer uma gafe, durante um mobilização em busca de votos, na semana passada, rejeitou o convite do premiê inglês para um aperto de mão em frente às câmeras de televisão.
A aposentada Gillian Duffy, de 66 anos, disse que aceitou o pedido de desculpas do político, mas recusou os holofotes. Em entrevista ao jornal The Mail on Sunday, Duffy disse que desistiu de votar. Ela revelou que já tinha preenchido a cédula de votação, que iria colocar nos Correios no dia do pleito, 6 de maio.
Eleitora do Partido Trabalhista, Duffy colocou Brown numa saia-justa quando, num encontro no meio da rua, fez uma série de perguntas a ele sobre educação e imigração.
Sem saber que seu microfone ainda estava ligado, o primeiro-ministro, e já no carro que o conduzia, Brown disse a um assessor que o encontro havia sido “um desastre” e que Duffy era “uma mulher preconceituosa”.
As palavras de Brown foram imediatamente veiculadas pelas emissoras de televisão e rádio da Grã-Bretanha, assim como a reação inicial da eleitora. Poucas horas depois, o premiê foi à casa dela, em Rochdale, e pediu desculpas pessoalmente.
“Ele queria que eu fosse com ele lá fora (da casa) e apertasse a mão dele para as câmeras, mas eu disse não. “Eu não queria aquele estardalhaço”, disse a mulher ao Sunday.
Para analistas políticos, o incidente em Rochdale atrapalhou ainda mais uma campanha já tida como difícil para o premiê. Dependendo do instituto, as pesquisas de opinião apontam os Trabalhistas em segundo ou em terceiro lugar na preferência do eleitorado britânico. O principal partido de oposição, o Conservador, é líder nas principais sondagens, seguido, às vezes, pelo Partido Liberal-Democrata.
Com informações da BBC Brasil
