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Elias toma posse e anuncia prioridades para o Dnocs

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DNOCS - Elias Fernandes tomou posse ontem numa solenidade no Ministério da Integração Nacional

Após mais de um mês de espera, a nomeação inédita de um potiguar para a diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) foi efetivada. O ex-deputado Elias Fernandes, escolhido para dirigir o órgão, antecipa nessa entrevista exclusiva suas prioridades para o Rio Grande do Norte. Uma delas é a preocupação com a irrigação em áreas que possuem água mas não tem projetos adequados. Elias Fernandes também destaca quem foi o maior responsável por sua nomeação. 

TRIBUNA DO NORTE: Como o senhor recebeu a confirmação de sua nomeação?
Eu já estava na expectativa há mais de 40 dias e recebemos a notícia como uma vitória para o Rio Grande do Norte.

Quais suas prioridades à frente do Dnocs?
Vamos seguir a orientação do presidente Lula e do Ministro da Integração, Geddel Vieira. A nível de Rio Grande do Norte nós já temos delineada a nossa linha de ação.

E qual vai ser?
Primeiro dar continuidade aos projetos dos perímetros irrigados que já foram implantados, como o Baixo-Açu, a primeira etapa. Iniciar a segunda etapa do Baixo-Açu; o projeto na barragem do Apodi, que leva o nome do ex-ministro Aluízio Alves. Esse aí representa 10 mil hectares e pretendemos nesses quatro anos consolidar ele. Tem também a construção da barragem de Oiticica, no rio Piranhas, próximo a Jucurutu. Pretendemos também construir a barragem de Bujarí, em Nova Cruz. Tudo isso são programas do Dnocs. Alguns deles em parceria com o Governo dpo Estado. Após construída, a barragem de Oiticica será o segundo maior reservatório do RN.

Qual vai ser o primeiro projeto do Dnocs implantado após sua nomeação?
O que a população vai perceber mesmo é o começo do perímetro irrigado aproveitando as águas da barragem governador Aluízio Alves, em Apodi. O projeto dessa irrigação não foi iniciado ainda. Vamos fazer parceria com o governo do Estado para fazer isso. Segundo é dar continuidade no projeto Baixo-açu, com a implantação de mais 5 mil hectares, na segunda etapa.

No que contribui sua nomeação com relação à Transposição?
Tem tudo a ver. A Transposição vai trabalhar a garantia hídrica do Estado. Esses reservatórios que estão no curso dos rios Piranhas e Apodi vão se manter sempre com um nível de água suficiente. Mesmo que passemos por anos sucessivos de seca, porque o regime de chuvas do São Francisco é diferente. Isso significa que na bacia do rio Piranhas, a barragem do rio Açu vai ter sempre garantia de água. E com a construção da barragem de Oiticica que é também no rio Açu, serão dois reservatórios que sempre terão água. e com a construção da barragem de Oiticica. No leito do rio Apodi ocorerrá o mesmo ocorrerá com a barragem de Pau dos Ferros e a barragem do Apodi, a governador Aluízio Alves, que sempre terão seus níveis mantidos. O Rio Grande do Norte é o Estado mais beneficiado do Nordeste pela Transposição porque vamos receber água por duas bacias: a do rio Piranhas e a do rio Apodi.

Qual a importância da sua nomeação para o Rio Grande do Norte?
Essa importância quem mais percebeu foi o deputado Henriqeu Alves, quando lutou com todas as forças para que o Estado tivesse esse cargo. Essa diretoria-geral do Dnocs, com a paralisação da Sudene, é um dos cargos federais mais importantes para o Nordeste. Por isso que o deputado lutou e venceu, assegurando a indicação de um norte-rio-grandense para o órgão.

Orçamento de R$ 400 milhões

O Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) foi criado em 1909 sob o nome de Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS). O presidente era Nilo peçanha e o Iocs foi o primeiro órgão a estudar o semi-árido brasileiro. Em 1919, o que viria a ser tornar Dnocs ainda teve outro nome: Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS). O nome atual só veio mesmo em 1945; e a transformação em autarquia federal foi realziada em 1963
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O Dnocs tem as seguintes atribuições: beneficiamento de áreas e obras de proteção contra as secas e inundações; irrigação; radicação de população em comunidades de irrigantes ou em áreas especiais, abrangidas por seus projetos; subsidiariamente, outros assuntos que lhe sejam cometidos pelo Governo Federal, nos campos do saneamento básico, assistência às populações atingidas por calamidades públicas e cooperação com os Municípios.

O orçamento anual para o Departamento é de R$ 400 milhões e sua atuação abrange os estados de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais. A sede é em Fortaleza, no Ceará.

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