O bilionário Elon Musk participou, na manhã desta sexta-feira (20), de um encontro com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em um hotel de luxo na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo. No momento em que estava junto aos gestores brasileiros, o homem mais rico do mundo anunciou projeto que vai beneficiar 19 mil escolas na Amazônia.

Fábio Faria, Elon MUsk e Bolsonaro participaram de evento no interior de São Paulo
Em evento com pouco mais de 100 convidados, Musk, Bolsonaro e Fábio Faria trocaram elogios e discursaram sobre a importância da chegada da internet em regiões remotas do mundo. A reunião de Elon Musk com Bolsonaro e Fábio Faria foi exatamente para tratar sobre a operação dos satélites de órbita baixa no Brasil. O ministro Fábio Faria teve encontro com Elon Musk em dezembro do ano passado para tratar do projeto.
Segundo o ministro, o governo federal quer utilizar satélites de órbita baixa para levar internet para áreas rurais e lugares remotos, além de ajudar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica. O próprio Musk comemorou o encontro nas redes sociais e anunciou quantas escolas podem ser beneficiadas.
"Super animado por estar no Brasil para o lançamento do Starlink para 19.000 escolas não conectadas em áreas rurais e monitoramento ambiental da Amazônia", postou Elon Musk em sua conta no Twitter, rede social que poderá ser adquirida por ele.
A internet da Starlink, de acordo com informações da empresa, funciona enviando informações através do vácuo do espaço, onde se desloca mais rapidamente do que em cabos de fibra óptica, o que a torna mais acessível a mais pessoas e locais.
Constelação de satélites
Segundo a Starlink, enquanto a maioria dos serviços de internet por satélite atuais são possibilitados por satélites geoestacionários simples que orbitam o planeta a cerca de 35 mil km de altitude, a Starlink é uma constelação de vários satélites que orbitam o planeta a uma distância mais próxima da Terra, a cerca de 550 km.
Uma vez que estão em baixa órbita, o tempo de envio e recepção de dados entre o utilizador e o satélite - a latência - é muito menor do que com satélites em órbita geoestacionária, diz a empresa.
O direito de exploração pela Starlink no Brasil deve valer até 2027.