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Em julho, vendas do varejo superam expectativas e aumentam 1%

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As vendas do comércio varejista surpreenderam e cresceram, em julho, acima do esperado pelos analistas do mercado financeiro. O varejo teve uma alta de 1,0% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 11, através da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

Elevação de 1,0% nas vendas do comércio em julho foi o melhor resultado para o mês desde 2013


Elevação de 1,0% nas vendas do comércio em julho foi o melhor resultado para o mês desde 2013

Na comparação com julho de 2018, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,3% em julho de 2019, variação igualmente bem superior à estimativa mais positiva dos analistas. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 0,9% até uma elevação de 3,5%, com mediana positiva de 2,2%.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,2% no ano. No acumulado em 12 meses, houve avanço de 1,6%. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,7% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal.

Na comparação com julho de 2018, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 7,6% em julho de 2019. Nesse confronto, as projeções variavam de um avanço de 2,1% a 6,7%, com mediana positiva de 4,3%.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 3,8% no ano. Em 12 meses, o resultado foi de avanço de 4,1%.

Resultados positivos
A alta de 1,0% nas vendas do comércio varejista em julho ante junho foi o melhor desempenho do setor para o mês desde 2013, quando tinha crescido 2,7%. Já são três meses de avanços seguidos, período em que o varejo acumulou um aumento de 1,6%.

Em relação a julho de 2018, o varejo cresceu 4,3% em julho deste ano, a maior taxa para o mês também desde 2013, quando houve elevação de 6,1%. No entanto, a magnitude do crescimento foi impulsionada pelo efeito calendário, apontou Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE.

“A despeito da recuperação do comércio varejista, a magnitude da taxa ante julho de 2018 deve ser relativizada pelo efeito calendário, teve um dia útil a mais em julho deste ano”, ressaltou Isabella.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, a alta de 0,7% nas vendas em julho ante junho representou o quinto mês seguido de crescimento, acumulando avanço de 3,0% no período.

Em relação a julho de 2018, as vendas do varejo ampliado subiram 7,6%, melhor desempenho para o mês desde 2012, quando houve crescimento de 10,2%.

A melhora gradual do mercado de trabalho e o avanço nas concessões de crédito impulsionaram as vendas do varejo em julho segundo Isabela Nunes. “O mercado de trabalho vem evoluindo gradualmente, com aumento de pessoas ocupadas”, lembrou Isabella.

Com mais trabalhadores na ativa, a massa de salários em circulação na economia aumentou. Ao mesmo tempo, a concessão de crédito livre para pessoas físicas cresceu 13,3% em julho ante junho, conforme dados do Banco Central (BC). “Isso ajuda a explicar principalmente o desempenho dos segmentos de supermercados e artigos de uso pessoal e doméstico”, disse Isabella Nunes.

A pesquisadora ressalta que o comércio varejista mostrou recuperação em julho tanto na comparação com o mês anterior quanto em relação a julho do ano anterior. “O mês de julho teve espalhamento maior de crescimento entre as atividades”, justificou.
Maioria das atividades avançam
Sete entre as oito atividades do varejo registraram crescimento nas vendas em julho ante junho, segundo a PMC. Na média global, houve alta de 1,0% no volume de vendas. As principais contribuições positivas foram de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%). Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%) e móveis e eletrodomésticos (1,6%).

As demais taxas positivas ocorreram em tecidos, vestuário e calçados (1,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%), combustíveis e lubrificantes (0,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,8%).O único segmento com queda em julho ante junho foi o de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,6%).

Quanto ao comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas subiu 0,7%. As vendas de veículos, motos, partes e peças caíram 0,9%, mas material de construção avançou 1,1%.

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