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Em quem votar?

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Ronaldo Fernandes
Engenheiro agrônomo

Estamos na segunda década do século XXI, num país continental com 205 milhões de habitantes expondo para o mundo a chaga de 38 milhões de analfabetos e outros fracassos na área educacional. Esta é uma vergonha que pesa sobre toda sociedade brasileira, com destaque para o setor público e classe política. Por oportuno, vale lembrar, que os Estados Unidos da América resolveram esse problema no início do século passado. Em paralelo, é mister registrar, a corrupção endêmica que não nos larga, fruto em parte da atrasada herança ibérica, presente desde a época do descobrimento e do modelo de colonização imposto a nova terra. Após um período de 500 anos cobrindo diversas fases da vida nacional, ela contínua vigente e institucionalizada.

Com o início da operação Lava Jato uma nova esperança surgiu para o cidadão de bem, ao tempo que provocou forte susto para os que delapidam o estado brasileiro. Mas sozinha não vai resolver a questão. Lidamos com um componente cultural enraizado, onde o eleitor aceita a expressão – “Político rouba mas faz. “Ao mesmo tempo, é frequente a falta de cumprimento e de promessas por parte dos governos. O retrato são prazos sem validade, obras paralisadas, saúde, educação e segurança em condições caóticas. A propósito de segurança, como enfrentar a bandidagem organizada e bem equipada com moderno armamento? Temos no geral, uma polícia com efetivo insuficiente, mal armada, baixos salários, pouca motivação e alvo preferido dos criminosos. É tema consciente que o enfretamento, exige inteligência, tolerância zero, policiais na rua e justiça menos complacente.

Por outro lado, a política precisa mudar seus padrões, o povo está muito insatisfeito. Ninguém aceita mais certos procedimentos. Têm aqueles que querem ficar ricos juntando-se a empresários para a farra das propinas à custa do país. Boa parte tem na atividade, fonte de emprego e renda. Outros, querem formar dinastias perpetuando mandatos de geração em geração.  Assim, fica cada vez mais difícil a salutar renovação dos atuais quadros, demanda de qualquer nação civilizada.

Ao mesmo tempo, um panorama constitucional muito fragilizado se apresenta, pois até o judiciário vem sendo questionado por atitudes e decisões. Um setor que acima de tudo, é cobrado pela competência e isenção dos seus membros, para merecer a confiança e o respeito da sociedade.

Outubro está chegando e com ele uma nova eleição. É lamentável que nossa democracia ainda não tenha produzido, nomes de notáveis para escolha do eleitor. Como decidir? Tirando algumas exceções, o elenco de candidatos expostos é de uma pobreza franciscana. Acrescente-se a mais, na contra mão dos brasileiros, a criação de um Fundo Partidário de quase 2 bilhões de reais para financiar partidos. Na verdade, é uma afronta a população mais necessitada de um país reconhecidamente falido. Mesmo diante desse cenário negativo, temos que participar do processo eleitoral. É a oportunidade única de exercer seu poder. O seu voto pode contribuir para a limpeza que nossa Nação está precisando. Vote com objetivo de mudança e de uma escolha consciente, lembrando que não existe “Salvador” da Pátria.”

Outrossim, se não melhorarmos a qualidade dos legisladores no Congresso e Assembleias estaduais fica quase impossível a execução de programas, projetos e metas. Por fim, lembrar que ninguém governa sozinho e o pior numa eleição é não votar. Mesmo que as recentes pesquisas revelem uma elevada intenção do voto em branco, não desanime, cumpra seu dever democrático.

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