“Quando nos sentimos invadidos julgamos que temos o direito de nos preservar e de certa forma, preservar a todos que de alguma maneira não têm como nós temos, o acesso à mídia, ao judiciário e aos formadores de opinião”, disse Gil.
Para Roberto Carlos “não é uma decisão fácil, mas ela passa por um juízo íntimo e julgamos ter o direito de saber o que de privado e particular existe em cada um de nós, em nossas vidas”.
Gilberto Gil afirma que os que desaprovam as biografias não autorizadas nunca quiseram exercer qualquer censura. “Ao
contrário, o exercício do direito à intimidade é um fortalecimento do
direito coletivo. Só existiremos enquanto sociedade se existirmos
enquanto pessoas”.
Os artistas solicitam que a justiça garanta uma maneira de conciliar o direito constitucional à privacidade com o direito fundamental de informação. “Queremos e não abro mão do direito à privacidade e à intimididade, a nossa e os que podem sofrer por estarem ligados a nós”, afirmou Eramo Carlos.
O Procure Saber é liderado pela produtora Paula Lavigne e integrado ainda por artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso.
entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, que é favorável à
proposta que tramita na Câmara. Roberto conseguiu em anos anteriores #SAIBAMAIS#
proibir na Justiça a comercialização de sua biografia não autorizada.
Líder do PR na Câmara dos Deputados e um dos principais defensores do projeto que acaba com a necessidade de aprovação prévia para publicação de biografias, Anthony Garotinho (RJ), disse que independentemente do apoio do cantor Roberto Carlos, a proposta deverá ser aprovada pelo Parlamento.
O projeto estava pronto para ir a votação na última semana, mas o acúmulo de matérias em pauta impediu que os deputados apreciassem a proposta. Os deputados chegaram a aprovar o pedido de tramitação em caráter de urgência do projeto.
Nesta semana, a pauta está trancada pelo projeto que trata do Marco Civil da Internet e não há previsão para que o assunto seja discutido em plenário.