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Emenda beneficia projetos gratuitos incentivados

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Foi aprovada na terça-feira (18) na Assembleia Legislativa mudanças na Lei Câmara Cascudo – o principal mecanismo do Governo Estadual de investimento na cultura, cujo funcionamento é por renúncia fiscal. A alteração atinge o dispositivo da Lei CC que trata da obrigatoriedade da empresa patrocinadora entrar com 20% de recursos próprios além dos 80% de isenção do ICMS. Conforme o aprovado pelos deputados, a situação fica da seguinte forma: as empresas poderão deduzir 95% do ICMS para o projeto patrocinado, e entrar com 5% de recursos próprios, quando o projeto for de acesso gratuito à população; e b) continuar a deduzir os 80% do ICMS, mas entrando apenas com 10% de recursos próprios (ficando os outros 10% sob responsabilidade do produtor), quando o projeto tiver cobrança de ingresso.

Edição do Conexão Elefante Cultural é modelo de projeto de circulação incentivado através da Lei


Edição do Conexão Elefante Cultural é modelo de projeto de circulação incentivado através da Lei

A autoria do projeto que pediu a alteração da Lei CC é do Governo do Estado, que conseguiu a aprovação, mas não integralmente como o previsto. Originalmente a ideia era que a obrigatoriedade das empresas entrarem com 20% de recursos próprios fosse transferida para os proponentes dos projetos.

No entanto, alguns produtores não concordaram com a proposta por acreditar que a alteração acarretaria em menos projetos gratuitos para o público, já que os proponentes para arcar com os 20% de contrapartida ou aumentariam os custos de produção ou passariam a estruturar seus projetos em cima de bilheteria. Esses produtores conseguiram articular com deputados emendas ao projeto original.

Segundo nota assinada pelos produtores culturais Mônica Mac Dowell e Aluízio Matias – dois dos produtores que buscaram ajustes no projeto de lei proposto pelo Governo Estadual –, os deputados que colaboraram com emendas foram Kelps Lima (Solidariedade) e Dison Lisboa (PSD).

“Foi uma luta quase solitária que não conseguimos sequer sensibilizar a Comissão Estadual da Lei de Incentivo à Cultura. Lutamos pelo que acreditamos: que a Lei de Incentivo à Cultural deve privilegiar prioritariamente os projetos culturais gratuitos. Conseguimos que o Deputado Kelps apresentasse uma emenda que melhorou bastante a proposta do executivo e com um substitutivo do Deputado Dison chegamos à proposta que sugerimos”, diz a nota enviada pelos produtores.

Em depoimento ao VIVER, Mac Dowell comentou o resultado. Para ela, agora a Lei CC traz benefícios para todos. “O público provavelmente terá mais projetos gratuitos. As empresas aportarão menos recursos e provavelmente mais empresas investirão. Os produtores terão mais facilidade em captar recursos para os projetos aprovados. E o incentivo fiscal anual concedido terá mais chance de ser utilizado em sua totalidade”, comenta.

Depois de aprovado na Assembleia, o projeto com as alterações na Lei CC será levado para sanção do governador.

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