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Empreender para driblar o desemprego e a crise

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Com três filhos para alimentar, educar e entreter, a psicóloga em formação, Haline Silva, de 35 anos, se viu numa encruzilhada quando ela e o marido, perderam o emprego. Ela, gerente de um posto de combustível. Ele, mergulhador profissional com atuação em plataformas marítimas de petróleo. Os filhos, matriculados em escolas privadas de formação educacional convencional e complementar, como esportes e idiomas, tiveram que se adequar à nova realidade econômica da família.

“O escândalo dos desvios de recursos da Petrobras atingiu em cheio nossa família. Meu marido trabalhava como mergulhador nas plataformas e acabou sendo demitido quando a empresa que ele trabalhava não teve o contrato renovado. Eu tive que parar de trabalhar por causa da faculdade. Desde 2015 que eu não consigo um emprego formal”, relembra Haline Silva. A saída foi cortar despesas diversas e empreender para driblar o assombroso fantasma do desemprego.
“Dinheiro dos azulejos é o que paga as despesas do dia a dia”
“Dinheiro dos azulejos é o que paga as despesas do dia a dia”

#SAIBAMAIS#De supérfluo em supérfluo, muitas contas da família foram cortadas. O dinheiro, porém, ficou tão curto que as medidas menos pretendidas precisaram ser adotadas para que não faltasse o básico. “Foi muito difíci, foi muito exaustivo. Fomos reduzindo os custos: planos de saúde e odontológico, escolas de idiomas e esportes e, por último, a escola particular das crianças. Hoje, vivemos com o básico”, declara Haline Silva. A saída foi buscar, numa máquina de sublimação de  estampas, uma forma de ganhar dinheiro extra.

“Depois que vimos o trabalho numa feira, decidimos voltar a usar a máquina que tínhamos em casa e hoje fazemos os azulejos sublimados com estampas diversas e é o que garante o dinheiro para os gastos diários, com pão e gasolina, por exemplo”, relata Haline. A partir de uma loja virtual, ela recebe encomendas e faz as estampas nos azulejos de acordo com o pedido do cliente. O perfil da loja @artefique tem centenas de clientes e é de lá que a família tira parte do sustento hoje. “Tivemos que fazer escolhas. Desde que ficamos desempregados, deixamos de pagar a Previdência Social. Nos preocupamos com isso, mas precisamos colocar comida em casa”, ressalta Haline Silva.

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