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Emprego cresce no Estado

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Na contramão da conjuntura nacional, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Piauí registraram saldo positivo de empregos formais em abril, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho. Os números foram divulgados ontem. No Rio Grande do Norte foram gerados 482 empregos celetistas, aumento de 0,11% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Em abril do ano passado, o RN teve saldo negativo de 1.146 empregos formais.
Ministro Manoel Dias: alta no RN e desaceleração no Brasil
“Este comportamento resultou na expansão do emprego dos Serviços (+1.003 postos), e da Construção Civil (+240 postos), cujos saldos superaram a queda registrada principalmente no setor da Construção Civil (-352 postos). Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, nos quatro primeiros meses do corrente ano houve expansão de 1.444 postos (+0,33%)”, explica o Ministério do Trabalho. Ainda na série com ajustes, nos últimos 12 meses os dados mostram crescimento de 4,08% no nível de emprego ou +17.247 postos de trabalho.

Em termos percentuais, o melhor desempenho entre os estados nordestinos foi o Piauí que gerou 2.983 novos postos de trabalho, aumento de 1,05%. O Ceará criou 4.463 empregos (0,37%) e a Bahia 882 (0,05%). Alagoas teve o pior: Em abril foram eliminados 12.321 empregos celetistas, o que representou uma retração de 3,49% em relação ao estoque de assalariados de março.

Plano nacional
Nacionalmente, o saldo de apenas 105,3 mil empregos formais criados no mês passado foi o menor para meses de abril em 15 anos, desde 1999, além de representar uma queda de 47% em relação ao resultado registrado apenas um ano antes, em abril de 2013. Sem ligar nenhum sinal vermelho no governo Dilma Rousseff, que aposta numa relativa recuperação do mercado de trabalho entre maio e setembro, o fraco dado de emprego formal em abril pode confirmar o fim do ciclo de aumento da taxa de juros pelo Banco Central.

Com indicadores de crescimento em ritmo pouco acelerado, um mercado de trabalho menos aquecido, e, enfim, com avanço mais tímido da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne na semana que vem, pode finalizar o ciclo de aumento da Selic, iniciado em abril do ano passado. De lá para cá, o Copom elevou a Selic de 7,25% para 11% ao ano.

Segundo o Caged de abril, o setor de serviços foi o que mais gerou vagas no mês passado, 68,8 mil. O pior resultado foi registrado pela indústria, que demitiu 3,4 mil trabalhadores a mais do que contratou.

“O que pegou foi construção civil, que surpreendeu negativamente pelo segundo mês seguido”, afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves. Ao todo, 4 mil postos foram criados na construção civil entre janeiro e abril deste ano. Em igual período de 2013 foram 32 mil.

Para o ministro Manoel Dias, a situação de pleno emprego e os aumentos reais de salário registrados nos últimos anos explicam em parte a desaceleração. “Uma das razões para a queda no saldo, que continua positivo [ou seja, com o número de contratações superando o de demissões] é o fato de o país se encontrar em situação de pleno emprego”, justificou. Uma outra explicação, segundo ele, foi o aumento real do salário, de mais de 70%, desde o primeiro trimestre de 2003, “e o aumento de 45,99%, durante o mesmo período, no salário de admissão”.

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