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Emprego formal cresce no Brasil, mas cai no RN

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PESQUISA - Melquesedec diz que motivos de demissão se repetem a cada ano

A seis dias do Dia do Trabalhador, o Rio Grande do Norte recebe uma má notícia: entre admissões e demissões, o estado teve 5.420 postos de trabalhos a menos no primeiro trimestre do ano. O mau desempenho acompanha o da Região Nordeste, que, ao contrário do resto do país, teve mais desligamentos do que contratações no mercado de trabalho formal.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o RN acumula variação negativa de 1,84% entre janeiro e março deste ano, o que fez o resultado potiguar ser o quarto pior do Nordeste. O percentual também ficou acima da média da região. Entre os estados nordestinos, apenas Maranhão e Bahia tiveram mais contratações do que demissões.

Contudo, em relação ao primeiro trimestre de 2006, o resultado do RN em 2007, embora signifique 5.420 pessoas desempregadas, foi 26% melhor do que no ano passado, quando houve saldo negativo de 7.332 postos de trabalho cortados. Outro aspecto mostrado pelas tabelas é que o movimento dos estados e da Região Nordeste deste ano é semelhante ao de 2006: queda entre os nordestinos e alta na maioria das outras unidades da federação. Segundo o supervisor técnico da representação estadual do Departamento Intersindical de Estudos Econômicos (Dieese RN), Melquisedec Moreira, isso acontece porque os motivos das demissões geralmente são os mesmos, ano a ano.

De acordo com Moreira, no RN, muitos postos são extintos com a entressafra da cana-de-açúcar e do melão – de acordo com o Caged, foi o setor da agropecuária o que mais acumulou perdas no RN, 6.297 demissões contra apenas 1.900 contratações entre janeiro e março deste ano. O outro que puxou o desempenho do estado para baixo foi a indústria, com saldo negativo de 2.124 demissões. Para Moreira, o setor, baseado principalmente nas áreas têxtil e de alimentos, funciona de acordo com encomendas, que geralmente são fechadas a partir de abril.

Mas, como explicar, então, a situação confortável de Bahia e Maranhão? Segundo o supervisor técnico, tanto a agricultura como a indústria destes estados têm perfis diferentes do RN. Na Bahia, por exemplo, a indústria sofre menos com sazonalidades, assim como a cultura de soja no Maranhão. Além disso, em ambos o setor de serviços é mais forte, abrandando as demissões em geral. Embora não tenha tido forças para barrar as quedas, a prestação de serviços no RN também é significativa no mercado formal. Foi um dos três setores que registraram crescimento e, dentre eles, o mais significativo.

E é no setor de serviços que, para Moreira, reside a saída para as vacas magras do início do ano, que deixam milhares de pessoas, especialmente as menos qualificadas, sem emprego fixo. “Hoje em dia as cidades que mais crescem são aquelas que têm uma economia de serviços mais diversificada, e é essa diversificação e modernização dos serviços, (educação superior, entretenimento, segurança) e uso de novas tecnologias de produção, inclusive organizacionais (telecomunicações, informática, logística, turismo, e outros), que mudam a cara da cidade e geram novas oportunidades”.

Caged registra crescimento de carteira assinada

Brasília (ABr) – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, divulga os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativos a março   São Paulo e Brasília – Cerca de 146 mil carteiras de trabalho tiveram a página “Admissão” assinadas no mês passado. O número foi recorde para um março, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho.

O desempenho positivo evitou que o desemprego de março deste ano fosse maior que o de março do ano passdo, segundo pesquisa divulgada também ontem pelo Departamento Intersindical de Estudos Econômicos (Dieese). Em fevereiro, o desemprego havia sido de 15,9%.  A pesquisa do Dieese indica que 16,6% dos trabalhadores estavam desempregados no mês passado, abaixo dos 18% de março do ano passado. Mesmo assim, o desemprego cresceu em comparação com fevereiro (15,9%), o que é considerado normal pelo Dieese.  “No primeiro trimestre esse comportamento (aumento do desemprego) se acentua. O que observamos é a redução da ocupação e a saída das pessoas do mercado de trabalho”, avalia a economista do Dieese, Patrícia Lino Costa. “Nesse período, há nitidamente a criação de ocupações com carteira de trabalho assinada.

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