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Emprego recua, mas busca por qualificação segue firme

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A desaceleração do turismo tem implicações na geração de empregos, diz o professor doutor do Departamento de Economia da UFRN, William Pereira. “No momento em que temos menos turistas, há uma entrada menor de recursos e isso vai impactar a manutenção do emprego”, diz.

A baixa na atividade afetou a geração global de empregos no setor de comércio e serviços – o maior empregador com carteira assinada no estado. Enquanto de janeiro a setembro de 2012 o setor emplacou um saldo positivo de 8.927 novas vagas, este ano, foram 7.484, ou seja, 1.443 postos a menos, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

Se consideradas as atividades prestadoras de serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação – grupo em que estão inseridos hotéis, bares e restaurantes – também há desaceleração nas contratações. Entre janeiro e setembro deste ano, o segmento criou 730 novos empregos, número 54,63% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando 1.609 trabalhadores encontraram vaga nessas atividades.

Qualificação

O desaquecimento do mercado de trabalho não tem, porém, reduzido a oferta nem a busca por qualificação profissional na maioria das áreas. Uma das razões é a perspectiva de aquecimento que virá com a Copa. No Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no estado (Senac/RN), por exemplo, a quantidade de matrículas na área de Turismo e Hospitalidade vem crescendo ininterruptamente. Para se ter ideia, o número de matrículas passou de 1.149 no ano de 2011 para 2.187 no ano seguinte. Em 2013 houve um salto ainda maior. Até outubro, já são 3.905 matrículas na área.

Também houve expansão no portfólio – de olho no mundial de futebol –  com a formatação de cursos gratuitos, como um de inglês com foco nos trabalhadores de hotelaria, bares, restaurantes, guias, policiais, bugueiros e taxistas. Foram lançadas, ainda, novas capacitações em segmentos como gastronomia. “A demanda por profissionais qualificados permanece crescendo, com efeitos diretos na remuneração de quem investiu na formação. As oportunidades no segmento existem e o profissional capacitado sai na frente na busca por uma boa colocação no mercado”,  diz o presidente da Fecomércio/RN e do Sistema Fecomércio, que engloba o Senac/RN), Marcelo Queiroz.

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