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Emprego tem desempenho fraco no Brasil e no RN

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Brasília e São Paulo – Puxada por uma série de demissões na indústria e desaceleração em outros setores, a geração de empregos no Brasil obteve o pior resultado para julho desde 1999 No mês, foram criados 11.796 postos, um número 71,55% inferior ao de julho do ano passado (41.463). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O Cadastro mostra que o cenário também foi de desaceleração no Rio Grande do Norte.
Desaceleração do emprego no RN, em julho, está relacionada a demissões na construção civil
O número de trabalhadores contratados com carteira assinada no estado superou o total de demitidos em julho, alcançando um saldo positivo. O número, no entanto, está distante do atingido em anos anteriores.

Para se ter ideia, neste ano foram 508 novos empregos em julho – menos da metade do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram geradas 1.263 vagas. Outro  sinal de desaceleração é que o desempenho este ano foi o pior do estado para o mês, desde o ano 2005 (veja o quadro). O resultado está diretamente ligado a demissões na construção civil e no ramo de atividade que engloba empresas de “alojamento”.

#SAIBAMAIS#No acumulado do ano (janeiro a julho), o quadro mostra desaceleração no Brasil, mas não no RN. No estado, foram gerados 2.308 empregos este ano, no período, enquanto no ano passado o saldo foi negativo, com 425 empregos a menos. O País gerou, no período, 632.224 postos, número 30,31% menor que o registrado em igual período de 2013. Esse é ainda o menor desempenho desde 2009, auge da crise financeira global, quando a economia entrou em recessão e encolheu 0,3%. O resultado do Caged em julho ficou dentro do intervalo apontado pelo levantamento do AE Projeções realizado com 16 instituições do mercado financeiro, que variou de retração de 55 mil vagas a criação de 33 mil em junho. A mediana esperada era de 6.0511 novos postos.

Otimismo
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, admitiu, ao divulgar os dados, que o quadro está ruim, mas disse que nos próximos meses deve melhorar. “Historicamente, agosto e setembro são bons para geração de emprego”, disse. “Chegamos ao fundo do poço, agora vamos continuar recuperando a geração de emprego”, previu. Segundo ele, a expectativa é de que o resultado da indústria, em agosto, volte a ser positivo depois de quatro meses consecutivos de demissões. Apenas em julho foram fechados 15.392 postos no segmento.

O ministro tentou emplacar um discurso otimista e defendeu que os números, a despeito de baixos, continuam positivos e demonstram que o País ainda é “campeão em geração de emprego”. Segundo ele, mostram ainda a capacidade do governo combater crises sem destruição de postos de trabalho.

Dentre os oito setores de atividade no país, sete expandiram o nível de emprego em julho. Em termos absolutos, os principais setores responsáveis pelo desempenho positivo foram: Serviços (+11.894 postos ou + 0,07%), Agricultura (+9.953 postos ou +0,60%), Construção Civil (+3.013 postos ou + 0,09%) e Administração Pública (+ 1.201 postos ou +0,13%), porém, a Indústria de Transformação (- 15.392 postos ou -0,18%), foi o setor onde se registrou maior declínio no nível de emprego.

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