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Empresa belga compra mina no RN para explorar calcário

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COMPRA - A mina adquirida fica em Governador Dix-Sept RosadoSubsidiária da belga SCR Sibelco, a mineradora Unimin do Brasil acaba de adquirir a empresa potiguar Kical. Os novos donos dos dois mil hectares de exploração de calcário querem chegar à produção anual de 80 mil toneladas até 2009. A unidade será a primeira da Unimin a produzir cal.

Localizada em Governador Dix-Sept Rosado (município vizinho a Mossoró), a área da Unimin produz 40 mil toneladas de calcário atualmente. O minério é beneficiado no local. Como os custos de transporte inviabilizam a exportação da cal para outros países, a produção é voltada para o RN e para compradores de outros estados das regiões Nordeste e Norte.

De acordo com o diretor de Operações da Unimin, César Castro, a qualidade do material potiguar foi o que atraiu a mineradora para o Rio Grande do Norte, onde a Unimin está atuando pela primeira vez. Ele diz que a lavra de calcário e a produção de cal na Região Oeste do estado são amplamente conhecidas no mercado. “A empresa seguiu o caminho natural na busca de um calcário de boa qualidade”, assegura Castro.

Ele prefere não falar em valores, nem o envolvido no negócio, nem o dos investimentos nos próximos anos. Contudo, revela que a Kical não estava à venda, mas aceitou a boa oferta da Unimin. Criada em 1982, a Kical era uma empresa familiar fundada pelo potiguar José Ivo de Morais. Nos últimos dois anos, a Kical havia quadruplicado sua produção, com o investimento em um forno.

A Unimin tem produção de calcário em Minas Gerais, com um minério que atende os mercados de carbonato de cálcio precipitado – usado e fabricação de vidro. Entretanto, o empreendimento em Governador Dix-Sept Rosado, que emprega 50 pessoas, é o primeira planta da Unimin no Brasil a produzir cal. Sua controladora, a SCR Sibelco, é uma das líderes mundiais na produção de minerais industriais, presente em todos os continentes, com mais de 300 plantas em operação.

Potencial de mineração atrai mais investidores

O calcário não é o único minério que vem atraindo investidores do Brasil e do Exterior. Este mês, a norte-americana Arizona Tile reuniu-se com mineradores potiguares para mostrar seu interesse em investir na produção de xelita no estado. Além de comprar o minério – do qual é extraído o tungstênio, matéria prima para diversos produtos de aço – a Arizona pretende fazer exploração. De olho na valorização que o material está ganhando no mercado internacional, a empresa já tem, inclusive, áreas em estudo no estado.

Para o coordenador  de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Otacílio Oziel de Carvalho, a presença da Unimin é “excelente” para o RN: “Com a atuação da Unimin, o estado vai ter destaque no mapa da mineração nacional”. Ele diz ainda que há outra expectativa de ampliação do setor de mineração potiguar é o ouro. A empresa goiana Verena já tem áreas para exploração no RN e suas atividades podem começar em breve.

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