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Empresa do Vale do Rio Doce tem vagas para para jovens

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ELETROMECÂNICA - Francisco Alves Ribeiro foi contratado e vai para Belém

Enquanto a grande demanda de jovens sem qualificação profissional ajuda a aumentar os dados estatísticos do IBGE referentes ao desemprego no país, é crescente o número de empresas que recorrem às escolas de formação profissional em busca de mão-de-obra especializada.

Recentemente, a Companhia Vale do Rio Doce, uma das maiores mineradoras do mundo, solicitou ao CEFET-RN a indicação de jovens para uma seleção com finalidade de contratação efetiva para os cargos Técnico de Eletrotécnica, Mecânica e Geologia e Mineração para trabalhar em Belém. Foram selecionados 13 ex-alunos, alguns com formação recente e outros que já haviam concluído o curso há mais de seis anos.

Entre os futuros funcionários da Vale do Rio Doce está Francisco Alves Ribeiro Júnior, 24, que terminou o curso de Técnico em Eletromecânica em 1999. Segundo Francisco Júnior, que sempre estudou em escola pública, o curso profissionalizante oferecido pelo Cefet além de qualificar abriu as portas do mercado de trabalho. “Hoje emprego está cada vez mais difícil, só não vê quem não quer. E graças à minha formação, desde quando me formei sempre estive empregado. Alguns desses empregos possibilitaram que eu viajasse para outras cidades do país como São Paulo, Recife e Fortaleza. Agora, com a contratação pela Vale do Rio Doce, estou me preparando para ir à Belém, onde deverei morar nos próximos anos. É um avanço na carreira, um progresso tanto profissional quanto salarial”, disse Francisco Júnior.

Segundo o professor Liznando Fernandes, diretor de relações empresariais e coordenadoria de estágios do Cefet-RN, as políticas públicas desenvolvidas para inserir o jovem no mercado de trabalho através de projetos sociais são importantes, mas não garantem a continuidade desse jovem no emprego. Para ele, o ideal seria que fossem implantadas nas cidades mais escolas de formação profissionalizante como os Cefets. Liznando observa que além da falta de qualificação, outra barreira para a inserção no mercado de trabalho é o fator experiência, ponto que é trabalho na escola através do estágio curricular que promove uma integração entre o aluno e a prática dentro da empresa associando o saber teórico ao técnico completando assim, a formação dos alunos. Outra saída para o problema de empregabilidade ressaltado pelo professor é a capacitação voltada para o empreendedorismo, pois ao abrir o próprio negócio o ex-aluno passa a gerar renda e abrir novas oportunidades.

“As pessoas devem ter em mente que as empresas querem contratar um profissional que esteja pronto para desempenhar as funções atribuídas sem perder tempo em período de adaptação. Em uma pesquisa que desenvolvemos recentemente constatamos que 60% dos nossos alunos estão trabalhando na área de formação e o restante ou está empregado em outras funções ou deu continuidade aos estudos, ou seja, estão fazendo faculdade. Para se ter uma idéia, cerca de 90% dos convocados no último concurso da Petrobras para o RN estudaram no Cefet. Criamos um banco de dados disponível na internet com 1,4 mil empresas cadastradas oferecendo vagas para estágio e efetivas. Temos ex-alunos espalhados por empresas de todo o país e até do exterior. Isso tudo comprova a eficiência e importância dos cursos de qualificação profissional para a inclusão social dos jovens”, disse Liznando Fernandes.

Centro está  pronto mas não funciona

Como o intuito de promover a inclusão social do jovem através da qualificação profissional, a Secretaria Estadual de Educação (SECD), pretende inaugurar em setembro o Centro Estadual de Educação Profissional Senador Jessé Pinto Freire, localizado na rua Trairi, em frente à Praça Pedro Velho.

Apesar da estrutura da escola estar pronta desde 2002 e do mercado de trabalho exigir cada vez mais profissionais capacitados, somente agora o centro estadual de formação profissionalizante vai entrar em funcionamento.

Segundo João Campos, chefe da Subcoordenadoria de Educação Profissional da SECD, a escola foi inaugurada em 2002, mas sem infra-estrutura, pois os recursos para aquisição de mobiliário, material de laboratório e equipamentos de informática não foram repassados pelo governo federal durante todo esse tempo. “Esse projeto é fruto de uma parceria do governo do Estado com o governo federal. De acordo com o convênio, o governo federal bancaria a construção do prédio e a compra dos equipamentos e o Estado cuidaria da administração e manutenção da escola. O prédio foi concluído no fim de 2002, mas por causa de impedimentos burocráticos, somente agora conseguimos receber o restante da verba para a compra dos equipamentos necessários ao funcionamento da escola. Já adquirimos 80% dos equipamentos e o restante se encontra em fase de licitação”, explicou João Campos.

O primeiro centro estadual de educação profissional entrará em funcionamento em setembro oferecendo cursos na área de Técnico em Informática (80 vagas), Técnico em Gestão de Microempresa (80 vagas) e Técnico em Biodiagnóstico (40 vagas). Nesse primeiro momento os cursos serão na modalidade subseqüente, ou seja, os alunos deverão ter concluído o Ensino Médio. A seleção será interna onde terão prioridade funcionários da Secretaria.

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