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Empresário goiano é preso por extorsão

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Policiais da Subsecretaria de Defesa Social prenderam na tarde de ontem um empresário goiano do ramo de embalagens plásticas, além de um sargento da PM potiguar e um segurança acusados de extorsão contra um empresário proprietário de uma indústria de alimentos em Macaíba. O trio cobrava uma dívida ameaçando levar o “grupo de extermínio” para receber R$ 162 mil.

O delegado Elivaldo Jácome disse que o empresário local comprou, há dois anos, R$ 600 mil em embalagens plásticas da empresa do goiano. O débito seria quitado com cheques pré-datados, mas o empresário goiano – segundo a polícia – antecipou as parcelas e passou a cobrar juros.

O empresário goiano teria feito várias ameaças ao empresário de Macaíba. As ligações telefônicas foram gravadas pela polícia, inclusive uma em que o acusado diz que vai mandar policiais do grupo de extermínio cobrarem a vítima. A polícia monitorou as ligações e aguardou a ameaça ficar real. Ontem, às 12h30, o sargento e o segurança foram até a empresa da vítima e cobraram a dívida dizendo que estavam ali a mando do empresário goiano.

A polícia filmou o encontro e deu voz de prisão à dupla. O goiano foi preso num hotel em Ponta Negra. O PM e o segurança guardavam no carro um revólver e uma pistola de origem estrangeira da marca Ruger, calibre 9 milímetros, de uso exclusivo das Forças Armadas. “É com pesar que eu comento o que esse policial fez. Primeiro, o policial militar não pode fazer cobrança de dinheiro; segundo ele não poderia estar armado com uma pistola de calibre restrito; terceiro ele ameaçou uma pessoa e em quarto lugar cobrou um débito inexistente. É por esse conjunto e razões que ele está sendo autuado por extorsão e porte ilegal de armas”, explicou Elivaldo Jácome.

O PM – lotado no 9º Batalhão – e o segurança, segundo a polícia, cobravam uma dívida de R$ 162 mil. “Ele cobrava um débito e os juros, enquanto a vítima só reconhece parte do débito. Nas ameaças, eles dizem que vão matar a vítima. No meu entender, isso não é cobrança, mas extorsão”, disse o delegado.

O empresário acusado defendeu-se, apesar de reconhecer que cometeu “excessos”. “Eu falei besteira, realmente pressionei, mas minha intenção não era machucar ninguém. Estou numa situação difícil, porque essa dívida está rolando há dois anos e o cara não paga. Essa empresa daqui comprou quatro milhões em embalagens e deu um calote em várias empresas de Goiânia”,  justificou.

O advogado dele vai entrar com um pedido de relaxamento de prisão por entender que não houve crime de extorsão por parte do seu cliente. “Meu cliente contratou pessoas que trabalham com cobrança. Se houve excesso não foi por parte dele”, alegou.

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