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Empresários avaliaram propostas como positivas

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REUNIÃO - Empresários questionaram os candidatos sobre as metas de governoOs representantes das instituições organizadoras do “Encontro pelo Desenvolvimento Econômico do RN” avaliaram como positiva a discussão de propostas para o setor de comércio, serviços de turismo, na manhã de ontem no auditório do hotel Barreira Roxa, com os dois candidatos apontados pelas pesquisas como aqueles com chances reais de vencer as eleições para governo do Estado. Mas destacaram que Wilma de Faria e Garibaldi Alves Filho poderiam ter se aprofundado mais nas propostas de governo ao invés de fazerem referência sempre ao “presente” ou “passado”.

Boa parte das perguntas tinha como foco os impostos, considerados elevados e um entrave ao desenvolvimento do setor, e os últimos dados oficiais sobre o desempenho do Estado quanto ao turismo em relação aos estados vizinhos. Wilma de Faria sustentou a tese de que o setor vai bem, apesar da necessidade de algumas iniciativas do governo, e se comprometeu em destinar 20% do orçamento destinado à mídia para investir em divulgação do Estado enquanto destino turístico.

O objetivo é encaminhar à Assembléia Legislativa para votação no próximo mês a proposta de desvincular esses recursos necessários à promoção turística. Dessa forma, segundo o presidente da Cooperativa de Desenvolvimento da Atividade Hoteleira e Turística (Coohotur), Fernando Paiva, o setor reivindica mais investimento à Assembléia.

Garibaldi Alves Filho alertou os empresários e presidentes de instituições do setor que é necessário investir para buscar principalmente o turista de outro estados — atendendo ao turismo doméstico — para então pensar no turismo internacional. Ele destaca a importância de o gestor público ir, pessoalmente, aos outros países para “buscar” os turistas e investimentos de que o Estado precisa para desenvolver o setor.

O presidente da Federação do Comércio, Serviço e Turismo (Fecomercio/RN), Marcantoni Gadelha, afirma que o encontro foi importante porque os candidatos assumiram compromissos. Mas ressaltou: “Eles poderiam ter se aprofundado mais”. O presidente da Federação  das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL), Sérgio Freire, destaca que o encontro entre empresários e candidatos é importante para o Estado porque o setor gera empregos e renda. “Portanto, acho que atendeu as expectativas quando Garibaldi e Wilma trataram desses assuntos”.

Questionado sobre quanto seria destinado à divulgação do Estado enquanto destino turístico, caso vença a eleição, o candidato a governador Garibaldi Alves Filho ponderou que dará a atenção necessária ao setor e sempre manterá o diálogo. Mas não poderia, naquele momento, falar em valores. Para o presidente da Coohotur, Fernando Paiva, a resposta do candidato foi responsável. “Ele poderia muito bem dizer que investiria o mesmo que os estados do Ceará ou Pernambuco. Mas foi prudente na resposta”, disse.

Garibaldi Alves Filho prometeu não medir esforços para concretizar o sonho de erguer o Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, obra que se arrasta há anos, apontada pelo candidato como de fundamental importância para a economia do Estado.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), Ricardo Abreu, destaca o encontro se traduziu na abordagem de temas diversos — da problemática dos vôos charters à necessidade de redução de alíqüotas de ICMS para os produtos utilizados pelo setor —  sendo essa uma das promessas do candidato Garibaldi Alves Filho.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado, Paulo Galindo, questionou os candidatos quanto às alíqüotas  de ICMS ao setor. Segundo ele, elevadas demais para um setor onde 70% corresponde a serviços e apenas 30% a produtos. Galindo diz que nos estados da Paraíba e São Paulo houve redução da alíqüota, aliviando a carga tributária final, e contribuindo para maior geração de empregos.

Garibaldi Alves Filho se comprometeu em igualar a alíqüota, no Estado, àquela praticada na Paraíba (1% de contribuição de ICMS sobre os produtos). O setor, segundo Paulo Galindo, não é contemplado pelo “Sistema Diferenciado e Simplificado de Tributação (Cresce-RN)”. A lei do Cresce alterou o regime tributário para as pequenas e micro-empresas do Rio Grande do Norte.

O presidente regional da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH/RN), Enrico Fermi, diz que a promessa da candidata Wilma de Faria de reduzir dos atuais 17% para 3% a alíqüota de ICMS sobre o querosene de aviação trará novo fôlego ao setor. Garibaldi Alves Filho destaca que não faz sentido o Estado produzir o derivado e ainda cobrar um imposto tão elevado.

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