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Empresas privadas faturam R$ 75 milhões

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AÇÃO - Empresas privadas e públicas não dispensam segurançaA iniciativa privada investe cada vez mais no enorme potencial do mercado de vigilância e segurança privada no Rio Grande do Norte, diante da ausência ou deficiência do poder público em proporcionar aos cidadãos a sensação de segurança. Os números apresentados no “Segundo Estudo do Setor de Segurança Privada”, produzido pela Federação Nacional das Empresas de Segurança de Valores (Fenavist), impressionam. O Estado obteve uma expansão de 30%, no ano de 2004, desempenho bem acima dos 5% da região Nordeste e dos 7% do mercado brasileiro.

Um negócio onde são necessários investimentos elevados, mas que faturou cerca de R$ 75 milhões no ano passado, segundo projeção da Fenavist, com base nos R$ 64 milhões em faturamento registrados no ano de 2004. Ou seja, um crescimento de 42% a partir de 2002, incluindo o segmento de cursos de formação de profissionais.

As empresas de vigilância, transporte de valores, segurança pessoal, escolta armada e cursos de formação obtiveram 5% do faturamento do setor na região Nordeste em 2004. Até esse ano, havia 27 empresas regulares e autorizadas no Rio Grande do Norte, das quais 12 em atuação, segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp-RN).

O estudo feito pela Federação Nacional das Empresas de Segurança de Valores constatou que as empresas desse setor, no Rio Grande do Norte, são mais jovens em relação à idade média da região Nordeste (10,2 anos), com idade media de nove anos e dois meses. O tempo médio de atividade, a exemplo do desempenho regional, aumentou entre os anos de 2002 e 2004.

As empresas formais e legalizadas, no País, geram cerca de 1 milhão de empregos contra 2 milhões e 500 mil postos de trabalho junto aos empreendimentos clandestinos. A Fenavist estima que até o ano passado existiam, no Rio Grande do Norte, 3.800 vigilantes somente nas empresas legalizadas e autorizadas a operar.

Se o faturamento cresceu face à demanda do mercado, as empresas tiveram que contratar mais e, entre os anos de 2002 e 2004, por exemplo, esse número passou de 2.400 para 3.600 profissionais. Ou seja, um notável incremento de 50%. Um desempenho, segundo o presidente do Sindesp/RN, Edmilson Pereira de Assis, acima do índice regional. “O Estado ficou em primeiro lugar nesse período”, afirmou.

O crescimento projetado para o número de empregos de 2004 para 2005 equivale a 8% e está coerente com o percentual previsto para a região Nordeste. Informações do Sindesp/RN dão conta de 12 mil vigilantes em plena atividade nas empresas ilegais do RN.

Segurança pessoal e individual, cerca elétrica, vigilância eletrônica com rastreamento via satélite e transporte de valores são apenas alguns dos serviços oferecidos por essas empresas, que segundo os empresários do setor, cabem no orçamento de consumidores com perfil econômico diversificado.

Empresas regularizadas sofrem concorrência desleal

As empresários que atuam no mercado norte-rio-grandense em situação regularizada enfrentam uma concorrência “desleal”, segundo o presidente do Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços de Locação de Mão-de-obra do Rio Grande do Norte (Siniprest/RN), Edmilson Pereira de Assis, com as empresas clandestinas. Elas somam um total de 50, no Estado, segundo estatísticas do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp-RN). “Um enorme risco para quem contrata, que pode se expor a um alto risco e sem amparo nenhum”, alertou.

Edmilson de Assis é diretor da Interfort, uma das mais conceituadas empresas do setor, e que detém hoje 100 clientes. Segundo ele, não é apenas o fato dessas empresas clandestinas atuarem sem a autorização do Ministério da Justiça que as transforma em uma ameaça. “Elas colocam em risco o setor como um todo porque lida com vidas, sejam das pessoas que trabalham para elas ou e relação ao cliente”, disse

Edmilson de Assis diz que há um amplo mercado no Rio Grande do Norte – a empresa da qual é diretor planeja aumentar o número contratos em até 50% este ano, principalmente na área de segurança eletrônica – mas ressalta que o setor só manterá o crescimento se a Polícia Federal intensificar as fiscalizações para retirar das ruas os clandestinos.

De acordo com o diretor da Interfort, boa parte dos contratos das empresas de vigilância privada remete à segurança eletrônica e bancária. Edmilson de Assis afirma que o custo operacional de uma empresa regularizada é bastante elevado. “Boa parte com recursos humanos e encargos trabalhistas. Mas necessário para oferecer, de fato, segurança e não apenas a sensação de que isso existe”, ressaltou.

O presidente do Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços de Locação de Mão-de-obra do Rio Grande do Norte (Siniprest/RN) afirma que a população e as empresas devem ficar atentas ao prestador de serviços que contratam. Antes de efetivar um contrato, ele aconselha o consumidor a buscar informações através de consulta à Delegacia das Empresas de Segurança Privada (Delesp), órgão da Polícia Federal. Uma empresa desse ramo precisa dispor em seu quadro de pessoal no mínimo 30 profissionais com curso de vigilante feito em escola credenciada pela Polícia Federal. Independente de haver ou não clientes.

“Isso representa um custo permanente de, no mínimo, R$ 60 mil/mês para cada empresa no mercado local. Um vigilante recebe cerca de R$ 600,00 (salário base), no Estado, e o salário varia de acordo com as condições e o risco do serviço para o qual foi designado. As empresas especializadas em segurança privada aparecem hoje entre os 100 maiores contribuintes de ISS (Impostos Sobre Serviços) da Secretaria Municipal de Tributação de Natal (Semut).

O empresário ressalta que as empresas de maior porte nesse negócio já oferecem sistemas de segurança de última geração, na Grande Natal. São equipamentos e treinamentos sofisticados aos profissionais que reduzem a exposição do vigilante e do cliente ao risco.

O mercado de segurança privada, a exemplo de outros setores da economia, começa a crescer também rumo ao interior do Estado. O tipo de demanda também sofreu alterações e a mulher conseguiu quebrar mais um tabu e inserir-se nessa profissão. “As empresas de vigilância avançaram muito em serviços de inteligência e qualificam cada vez melhor os profissionais especializados. Hoje trabalhamos em conjunto com o poder público (as polícias) no combate ao crime organizado”, disse o diretor da Interfort.

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