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Encontro com a arte na UFRN

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Lívio Oliveira
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Às vezes, nos momentos reservados à contemplação e aos passeios por Natal, elejo como destino o Campus Central da UFRN, local onde trabalhei por muitos anos sob a sábia chefia do professor Giuseppi da Costa. Sempre encontro gente interessante por ali, para uma conversa inteligente, um bom e ameno papo, um café. E sempre me vejo rodeado pela natureza e pela arte. A natureza é exuberante naquele solo, todos sabem. Cercada por dunas e com uma vegetação fantástica e que abriga uma fauna – invariavelmente de pequenos animais – realmente diversificada, cada vez mais me deslumbra a paisagem do Campus. Ultimamente, nas redes sociais, apresentam-se “relatos” fotográficos maravilhosos, principalmente sobre os pássaros, especialidade de registro da minha querida amiga Anne Guimarães, poeta das cores.

Belezas multiplicadas. E tanta arte! É por todo canto e lugar. Na Escola de Música os concertos fabulosos, com instrumentistas de dentro e de fora do Rio Grande do Norte e do Brasil. Vocação internacional mesmo, com a presença exuberante de expoentes da música erudita e popular, contando com lideranças do quilate do competente maestro André Muniz, com suas conduções apaixonadas, além do professor Fábio Presgrave, talento portentoso no violoncelo. E muitos outros e outras. São vários os valores individuais. Tantos que vou ficar nos exemplos apenas desses dois que citei acima, que já são plurais. O fato é que a tradição e a modernidade no ensino e na difusão da música se estampam ali e naquela equipe valorosa e quase nunca perco as exibições que me impressionam e marcam.

Também – e não poderia jamais ser diferente – sou um frequentador assíduo da Cooperativa Cultural do Campus, lá onde formei uma boa parte do meu acervo pessoal e até lancei o meu mais recente livro. Ali onde conheci muita gente e aprendi com as lições dos sábios professores e intelectuais diversos. Atualmente presidida pelo professor Willington Germano, continua sendo uma dos mais agradáveis lugares de Natal. Só os que a desconhecem não a reconhecem. Chamo aquelas conversas de “papos sob a Algaroba virtual”. Assim como gostava de receber os conselhos sobre livros por Luiz Damasceno (livreiro histórico atualmente aposentado), gosto de saber das novidades através de Claudinho, Wilson, Rose, Émerson, firmemente coordenados e administrados pelo eficaz e sempre atencioso Acácio.

A Livraria da Editora da UFRN, outra que fica no âmbito do Centro de Convivências, tem merecido minhas visitas alternativas. Muitas vezes me deparo com surpreendentes e diferenciadas edições de natureza acadêmica, que somente vejo por ali. E o olhar do curioso e do descobridor bibliográfico brilha mais uma vez. Como brilha, também, nas eventuais visitas à Biblioteca Central Zila Mamede.

Ademais, não deixo jamais de dar minhas passadinhas na Galeria Conviv’Art, com suas  frequentes exposições, como a Coletiva exuberante que encontrei nesses dias e que ainda se encontra em cartaz, chamada “Linguagens e Expressões”. Belíssima coleção através da qual me guiou a amiga Judith Pondofe – também uma artista visual importante – que me fez conhecer o catálogo “Artes Visuais”, obra que registra acervo organizado e mantido sob a guarda do Núcleo de Arte e Cultura da UFRN entre os anos de 2003 a 2013.

O fato de a UFRN ser hoje uma das maiores e melhores do país, em produção e multiplicação de conhecimentos e saberes de ordem científica, não impede que os olhares artístico, cultural, ambiental, humanístico em geral também sejam especialmente valorizados. E é por essas e muitas outras razões que considero e intitulo o Campus Central da UFRN como uma das melhores e mais pulsantes “cidades” do Rio Grande do Norte.

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