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Encurralados pelo desenvolvimento

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Com 60 anos de mar e pesca, e 70 anos de vida, Samuel Rodrigues esperava findar seus dias realizado em sua profissão. “O que eu aprendi foi a pescar. Nasci fazendo pesca e queria terminar a vida pescando. Mas estão tirando isso de nós, não nos resta muito”, lamenta cabisbaixo o pescador, morador da Vila de Ponta Negra, reclamando da obra de enrocamento que ameaçava avançar sobre o local de estacionamento de jangadas.

Em dezembro de 2013, os pescadores foram supreendidos com o avanço da instalação de pedras de grande dimensão sob o local utilizado para o estacionamento de jangadas. Pelos planos da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), seria tomada a área de 60 metros além do final do calçadão, próximo ao Morro do Careca. Vinte metros já haviam sido feitos quando, com apoio do Ministério Público, os pescadores reivindicaram seu espaço.

Em acordo entre as partes, serão retiradas as pedras até o último coqueiro do calçadão, liberado o espaço e construído uma rampa para trânsito tanto das jangadas, quantos os carros de serviço público, como Samu, Corpo de Bombeiros e segurança pública.

Na Redinha, o encurralar não é diferente. Os pescadores se sentem prejudicados após a construção da Ponte Newton Navarro, inaugurada em 2007. Segundo Manoel dos Santos, no entorno das bases da ponte, onde ainda há o banho, é impossível para a pesca. Mais um fator para a diminuição na produção.

Pesca artesanal

80 colônias de pescadores em todo RN

à 400 embarcações autorizadas pelo Ibama

à 20 mil é o número de pescadores segundo Ministério da Pesca

à Embarcações:
Jangadas: catraia e piquete (que usa vela), canoa, barco a motor
Redinha: 40 jangadas
Ponta Negra: 40 jangadas
Pirangi do Sul: 17 são barcos a motor, 8 canoas e 2 jangadas

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