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Entre crises e beijos

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Woden Madruga [ [email protected] ]

As manchetes geradas em Brasília, penoso  laboratório verde amarelo, permanecem sombrias refletindo o quadro dramático que o  país  atravessa pelas veredas da política e da economia. Para alguns especialistas nessa difícil cartomancia, o horizonte chega a ser mais trágico do que espera o futebol brasileiro padrão Dunga/CBF factível de não passar nas eliminatórias da Copa da Rússia. Ontem, a presidente Dilma viajou no rumo daquele país para participar da reunião da Cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Não, a Grécia não faz parte. Na véspera da viagem a presidente classificou de golpistas algumas manobras da oposição.

Tento, na aldeia festeira, entender o que acontece na corte, já que por estas  bandas a politica é  um doce exercício de ficção que, no caso, bem que poderia ser uma nova Paraty. Espere a “ronda cidadã” que, logo após anunciada pelo governador para garantir a segurança pública na Capital, já foi apelidada de “roda cidadã”. O carrossel continua sendo atração do grande parque potiguar – roda, roda, roda.  Então (como se diz nas altas rodas),  fui procurar nas colunas politicas do eixo (roda, roda, roda) Rio/São Paulo/Brasília) uma explicação sobre o complicado político do Brasil.

Nas  leituras via internet dei uma parada nos comentários do analista politico Merval Pereira.  Fui anotando algumas de suas considerações em sua coluna de O Globo.

– O problema da Dilma é que ontem ela piscou; provocou uma reunião de emergência com sua base política para falar de impeachment. E parece que a defesa é um pouco frágil e o TCU já rebateu a tese dela.

-Ela depende do PMDB, que é o juiz dessa questão no Congrsso. Toda a vez que for preciso votar a favor ou contra Dilma, o fiel da balança será o PMDB. Se o TCU anular as contas, criará um fato importante, que pode  interferia na posição do partido.
Num comentário anterior Merval reporta ao que aconteceu na convenção do PSDB, realizada domingo em Brasília, cujas baterias tucanas não cessaram de disparar contra a presidente:

– A presidente Dilma parece ter levado um choque diante da convenção nacional do PSDB realizada domingo, quando o maior partido oposicionista declarou-se preparado para assumir o governo quando necessário, sinalizando claramente a possibilidade de o mandato presidencial ser reduzido em decorrência dos processos que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal de Contas da União (TCU).

– Diante da situação adversa que não dá trégua, já existe quem, dentro da teórica base aliada governista, detecte a necessidade de uma repactuação entre os  partidos que apoiam o governo, para que se atravesse a crise econômica sem que sua correspondente política gere uma situação de inviabilidade no governo.

– O problema maior para a efetivação desse pacto interno é o receio de que já não exista uma recuperação do  possível para o governo Dilma, e quem  esteja em sua órbita seja tragado pela crise inexoravelmente. Não existe no momento um clima de boa vontade para a busca de negociação do dissenso, para que os estragos sejam minimizados.
– Isso por que não existe confiança na interlocução entre o PT e os demais partidos da base aliada, que deveria ser comandada pelo chefe do Gabinete Civil, Aloisio Mercadante, que  não tem liderança dentro do PT e, portanto, não é reconhecido como um interlocutor confiável.

Previdência
Greve nacional dos servidores da Previdência Social. As agências fechadas na maioria dos estados. Milhões de brasileiros prejudicados, derna dos que moram  no interior do país (são mais de 1.400 agências) aos que vivem nas capitais. Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) reivindicam um  reajuste salarial  de  27,5%.

Reta Tabajara
Nunca mais se falou na “duplicação” da Reta Tabajara. Nem na Reta, nem em Brasília, e nem na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

O Dnit também não consegue eliminar os retornos clandestinos do trecho da BR-304 que liga Parnamirim a Macaíba. Já faz muito tempo.

Até ônibus faz retorno passando por cima do canteiro central, onde, é bom que se diga, o mato já passa dos dois metros de altura.

Grécia
Final da tarde de ontem Mestre Gaspar comemorava na calçada do Cova da Onça o Não da Grécia. Serviu aos frequentadores da famosa casa uma taça de Ouzo com bastante gelo, seguindo a tradição da terra do poeta Homero. O Ouzo, como se sabe,  está entre as   bebidas preferidas dos gregos.  Derna daqueles tempos.

Chuva
Fez um friozinho, mas não choveu ontem  em Natal, interrompendo uma sequência de mais ou menos  uma semana. No boletim da Emparn também  não tem registro de chuvas no interior. Zero, tirando um leblina de menos de 1 milímetro em Parnamirim.

Mas o Agreste está bem molhado com as chuvas caídas a partir do dia de São João. A região do Potengi até comemora diante do verde renascido de seus pastos e matas.  Dou como exemplo o cenário das Queimadas de Baixa. Somando as chuvas de junho (período de São João e São Pedro) com este  começo de julho (até domingo, 5), o seu pluviômetro  registrou  100 milímetros em 12 dias.

Na caderno das Queimadas as chuvas anotadas este ano estão estão distribuídas: Janeiro, 8 milímetros; Fevereiro, 32; Março, 160; Abril, 50, Mario, 32; Junho, 45; Julho (até domingo, 5), 55 milímetros.

Dependendo das rezas, espero passar dos 500.

Lixo
Há uma ameaça de greve dos garis de Natal. Reclamam do atraso  no pagamento dos salários.
Natal sofre. O que os argentinos, a nossa nova salvação, vão dizer?

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