terça-feira, 16 de abril, 2024
25.1 C
Natal
terça-feira, 16 de abril, 2024

Entrevista: Bruno Reis, Presidente da Emprotur

- Publicidade -
Antonio Roberto Rocha
[email protected]
Depois de exercer importantes cargos nacionais no setor, o bacharel em Turismo com especialização em Administração e Marketing pela Southern Cross University, na Austrália, Bruno Giovani Reis, deu uma guinada na vida profissional e está morando em Natal, onde assumiu há menos de um mês a presidência do órgão estadual de Turismo, a Emprotur.

A pergunta é tão óbvia quanto direta. E talvez venha sendo respondida exaustivamente por ele. Por que teria optado pelo Nordeste após passar por cargos, digamos, mais abrangentes no eixo Brasília-Rio de Janeiro? Teria ele o feeling necessário para passar a “vender” um produto que ainda não conhece bem? Ou o que vale é a técnica?

Bruno Reis foi, recentemente, executivo do Aeroporto Internacional Tom Jobim – Rio Galeão. Atuou na Secretaria de Turismo do Distrito Federal. foi gerente de Inteligência Competitiva e Mercadológica da Embratur, quando coordenou os 13 Escritórios Brasileiros de Turismo (EBTs) que cobriam 20 países, e comandou ações de captação e fomento no Ministério do Turismo à época da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Agora, em Natal, vai enfrentar um grande desafio mercadológico: ajudar efetivamente a recolocar o Rio Grande do Norte nas prateleiras dos vendedores e na intenção dos turistas. Poderá (e deverá) faltar dinheiro para divulgações ou promoções de grande porte, além de subsídios para melhor embalar o produto. Vale lembrar que o Estado está falido, devendo salários. É a maior crise econômico-financeira e de segurança do RN. Mas, segundo Bruno Reis, não faltarão idéias e parcerias para vender o turismo potiguar. Ele se diz pronto para a luta.
 O que fez você topar esse desafio?

Sempre tive muito interesse em entender como o Turismo na Região Nordeste se desenvolve e como isso pode ser melhor aproveitado. Já morei em todas as macrorregiões do Brasil e estava faltando o Nordeste. Acredito que o RN tem muito a ser explorado, pois possui um diferencial competitivo na região muito forte e também quando comparado a outros destinos com produtos similares na América Latina.

Nesse pouco tempo em Natal, quais os principais gargalos que identificou no turismo?
Acredito que podemos melhorar a sinergia entre os atores do Turismo no Estado e utilizar com mais inteligência as ferramentas de promoção e vendas disponíveis no mercado. Penso que precisamos inserir o RN cada vez mais no mundo digital.

Na sua percepção, como o RN poderia ser melhor divulgado?
Aprimorando a inteligência comercial poderemos ter um cenário mais claro sobre quais ferramentas e estratégias devemos utilizar para aumentar nossa fatia de mercado frente a esse mundo tão competitivo que se tornou o Turismo.

Você coordenou os EBTs na Embratur. O que houve com a manutenção deles? Faltou incentivo ou não eram tão necessários?
Coordenei a implantação e gestão dos 13 escritórios que cobriam os 20 países que a Embratur tinha atuação de 2013 a 2016,  Nosso foco era a promoção da Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos Rio de 2016. Foi um período muito importante de promoção do país. Sou imensamente grato por ter participado. Enquanto estive à frente, nós ganhamos o prêmio de melhor escritório de promoção no Reino Unido em 2015. Isso demonstra que nossa estratégia foi muito exitosa. Na minha opinião os escritórios são muito importantes para prospecção de negócios para o país e marcam nosso espaço no mercado frente à concorrência.

No Rio Galeão você atuou na busca de business partners. Valeu a pena?
O trabalho no aeroporto foi extremamente importante na minha carreira. Inserimos um aeroporto privatizado na cadeia produtiva do Turismo. Poderíamos colaborar com o destino. Foi um trabalho muito além de captação de empresas aéreas. Hoje o mercado entende como os aeroportos podem colaborar com a indústria do turismo e eu me tornei até o momento o único profissional do turismo a ter trabalhado em um aeroporto privatizado no Brasil. As iniciativas foram tão exitosas que ganhamos o primeiro lugar na categoria de marketing e apoio à comercialização do turismo no Prêmio Nacional do Turismo no fim do ano passado.

Comenta-se que você teve outros convites para órgãos públicos de Turismo. Você confirma? E por que  o RN “ganhou” a “concorrência”?
Sim, confirmo.O RN ganhou pois é o que atende melhor o momento atual da minha carreira e conexão com meu proposito de vida. Além disso, a atual gestão da secretária de Turismo, Ana Maria Costa, chamou minha atenção pelo discurso coerente, principalmente no tema das companhias aéreas.

A grande novidade da semana
Com apoio do Governo de São Paulo, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes lançou nesta semana o serviço de stopover para clientes que fizerem conexão nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos, em São Paulo. A partir de agora, os passageiros que quiserem fazer uma parada intermediária, sendo São Paulo o ponto de conexão entre os voos, poderão permanecer na cidade, sem custo adicional, pelo período de 12 horas até duas noites.

Por exemplo, quem sai de Natal com destino a Porto Alegre (ou algum destino operado pela Gol ou Air Frande-KLM no exterior) e tiver uma conexão em algum destes aeroportos paulistas, poderá desembarcar e visitar São Paulo antes de seguir viagem para a capital gaúcha. O stopover nos aeroportos paulistas trata-se de uma das ações para promover o Turismo, previstas no programa São Paulo Pra Todos do governo paulista.

O stopover é válido para reservas envolvendo voos domésticos ou internacionais operados pela Gol e no ponto de stopover será permitido envolver somente um aeroporto. Ou seja, se o cliente desembarcou em Congonhas, deverá prosseguir a viagem reembarcando pelo mesmo aeroporto. O tempo máximo é de duas noites, a contar do momento do desembarque no aeroporto de conexão.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas