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Entrevista: “Shopping é do tamanho da demanda”

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BARANDAS - Empresário afirma que o investimento veio na hora certa

A partir da próxima semana Natal ganhará mais um shopping. O Norte Shopping chama atenção não apenas pelo montante do investimento, de R$ 50 milhões todo de investidores locais, mas também por ser o primeiro da zona Norte de Natal.Seria uma aposta nessa região? Não, responde o superintendente do Norte Shopping Antonio Barandas. Para ele, a chegada do empreendimento retrata o que as pesquisas já mostravam: a lacuna de um shopping na região de Natal que conta com 408 mil habitantes. A expectativa de negócio do shopping está amparada em estatística. Mensalmente, a população da zona Norte gasta R$ 60 milhões em itens que podem ser adquiridos em shopping. O número se torna ainda mais expressivo se observada a proximidade do shopping com as cidades da Grande Natal como São Gonçalo do Amarante, Extremoz e Ceará-Mirim. Com a experiência de quem trabalha há 18 anos no segmento de shopping e foi superintendente do Natal Shopping, Antonio Barandas observa que esse segmento de empreendimento já está saturado na zona Sul de Natal. E o Norte Shopping vem preencher o déficit que havia no Norte. “O shopping é 100% da Ecocil e teremos toda agilidade para fazemos os investimentos na hora certa, na hora que houver demanda e o mercado pedir”, anuncia Barandas.Sobre o negócio do Norte Shopping, o mercado potiguar e as expectativas, Antonio Barandas concedeu a seguinte entrevista para TRIBUNA DO NORTE.

O Norte Shopping seria uma aposta no crescimento da zona Norte ou um investimento com retorno garantido?

O shopping da zona Norte é um investimento calcado em pesquisas. A gente está pesquisando o potencial da zona Norte desde 2000, foi quando fizemos a primeira pesquisa. A gente estava no Natal Shopping e trabalhamos com área primária, secundária, terciária e quaternária. A zona Norte seria nossa área quaternária porque as pessoas levariam para chegar ao Natal Shopping mais de 15 minutos de carro. E nós vimos que nessa área quaternária tinha um potencial para ter vida própria e se tornar área primária de algum investimento. Fizemos a primeira pesquisa em 2000 para zona Norte, vimos o potencial. Fomos evoluindo, compramos o terreno da Rádio Cabugi, fomos desenvolvendo. E a pesquisa mostrou claramente que a ancoragem deveria passar por um hipermercado e a gente levou três anos negociando com o Carrefour para conseguir fechar e montamos a estratégia. Veja que você tinha na zona Norte aquele primeiro shopping que foi feito e não inaugurou. A gente para dar certeza disso (de que esse iria ter resultado) fez um acordo com o Carrefour para ele inaugurar antes, ele inaugurou em agosto do ano passado e a gente está inaugurando agora dia 6 de dezembro. A zona Norte por si só você tem 108 mil domicílios, 407 mil habitantes só a zona Norte. Não estou contando o potencial do outro lado do rio, São Gonçalo do Amarante, Ceará Mirim, Extremoz.

Vocês chegam numa região que tem um estigma muito grande, inclusive com uma carga de preconceito. O Norte Shopping pode contribuir para acabar com isso ou vocês temem por esse preconceito?

A gente não teme. Tudo que foi feito no Norte Shopping foi muito baseado em aspectos técnicos, levantamento de renda, demanda. Para você ter idéia a zona Norte consome mensalmente R$ 60 milhões em produtos que são vendidos em shoppings, ou seja, R$ 60 milhões em varejo sem contar a parte de automóveis. Tudo isso gasto em Natal por não ter oferta aqui.

A instalação hoje do Norte Shopping seria proporcional ao efeito do Natal Shopping quando foi criado há 15 anos?

Se a gente for regionalizar sim. O Norte Shopping já nasce maior do que o Natal Shopping. Estamos nascendo com 22 mil metros quadrados de área de loja.

Que perfil traz esse shopping que passa a funcionar em Natal?

O Norte Shopping é voltado para atender todos os anseios da população da zona Norte, calcado em pesquisas. Não digo que é um shopping voltado para a classe D e E e nem C, D e E. Teremos produtos para oferecer para todas as classes.

Será possível atrair pessoas de outras regiões, Leste, Oeste e Sul de Natal, para o Norte Shopping?

Acho que com o advento da ponte e até pelo trânsito será mais fácil algumas pessoas que moram na região do Tirol e Petrópolis vir pela ponte para o Norte Shopping do que ir até o Natal Shopping, por exemplo.

O Carrefour é uma das lojas âncoras. Mas a ancoragem é fundamental para um shopping?

É. Ainda é um grande gerador de tráfego. Estamos com a C&A, Lojas Marisa, Insinuante. Temos um parque infantil e temos a previsão de seis salas de cinema para julho de 2008.

Natal hoje tem dois grandes shoppings, que são o Midway e Natal Shopping. Eles seriam concorrentes para o Norte Shopping?

São concorrentes. Existem áreas de interseção entre áreas primária, secundária e terciária desses shoppings. Se você for analisar da parte regional e dizer que aqui não tinha nada e o pessoal ia para lá, tudo bem. Mas tem muita gente daqui que trabalha lá e pode na passagem parar. No primeiro momento não teremos cinema. E sempre são concorrentes.

E se são concorrentes, qual será o diferencial do Norte Shopping para fazer o cliente parar aqui?

A localização dele para atender o público da zona Norte. Você pode até analisar os outros como concorrentes. Mas se a gente oferecer tudo que os outros oferecem, shopping totalmente climatizado, estacionamento amplo, em termos de mix de produtos vai atender tudo. Os outros têm tudo isso também, mas nós estamos ao lado deles (da população da zona Norte).

Em mix de produtos o shopping vem completo?

Completo. Estaremos com todo segmento.

O Norte Shopping seria uma aposta no crescimento da zona Norte ou um investimento com retorno garantido?

O shopping da zona Norte é um investimento calcado em pesquisas. A gente está pesquisando o potencial da zona Norte desde 2000, foi quando fizemos a primeira pesquisa. A gente estava no Natal Shopping e trabalhamos com área primária, secundária, terciária e quaternária. A zona Norte seria nossa área quaternária porque as pessoas levariam para chegar ao Natal Shopping mais de 15 minutos de carro. E nós vimos que nessa área quaternária tinha um potencial para ter vida própria e se tornar área primária de algum investimento. Fizemos a primeira pesquisa em 2000 para zona Norte, vimos o potencial. Fomos evoluindo, compramos o terreno da Rádio Cabugi, fomos desenvolvendo. E a pesquisa mostrou claramente que a ancoragem deveria passar por um hipermercado e a gente levou três anos negociando com o Carrefour para conseguir fechar e montamos a estratégia. Veja que você tinha na zona Norte aquele primeiro shopping que foi feito e não inaugurou. A gente para dar certeza disso (de que esse iria ter resultado) fez um acordo com o Carrefour para ele inaugurar antes, ele inaugurou em agosto do ano passado e a gente está inaugurando agora dia 6 de dezembro. A zona Norte por si só você tem 108 mil domicílios, 407 mil habitantes só a zona Norte. Não estou contando o potencial do outro lado do rio, São Gonçalo do Amarante, Ceará Mirim, Extremoz.

Vocês chegam numa região que tem um estigma muito grande, inclusive com uma carga de preconceito. O Norte Shopping pode contribuir para acabar com isso ou vocês temem por esse preconceito?
A gente não teme. Tudo que foi feito no Norte Shopping foi muito baseado em aspectos técnicos, levantamento de renda, demanda. Para você ter idéia a zona Norte consome mensalmente R$ 60 milhões em produtos que são vendidos em shoppings, ou seja, R$ 60 milhões em varejo sem contar a parte de automóveis. Tudo isso gasto em Natal por não ter oferta aqui.

A instalação hoje do Norte Shopping seria proporcional ao efeito do Natal Shopping quando foi criado há 15 anos?
Se a gente for regionalizar sim. O Norte Shopping já nasce maior do que o Natal Shopping. Estamos nascendo com 22 mil metros quadrados de área de loja.

Que perfil traz esse shopping que passa a funcionar em Natal?
O Norte Shopping é voltado para atender todos os anseios da população da zona Norte, calcado em pesquisas. Não digo que é um shopping voltado para a classe D e E e nem C, D e E. Teremos produtos para oferecer para todas as classes.

Será possível atrair pessoas de outras regiões, Leste, Oeste e Sul de Natal, para o Norte Shopping?
Acho que com o advento da ponte e até pelo trânsito será mais fácil algumas pessoas que moram na região do Tirol e Petrópolis vir pela ponte para o Norte Shopping do que ir até o Natal Shopping, por exemplo.

O Carrefour é uma das lojas âncoras. Mas a ancoragem é fundamental para um shopping?
É. Ainda é um grande gerador de tráfego. Estamos com a C&A, Lojas Marisa, Insinuante. Temos um parque infantil e temos a previsão de seis salas de cinema para julho de 2008.

Natal hoje tem dois grandes shoppings, que são o Midway e Natal Shopping. Eles seriam concorrentes para o Norte Shopping?
São concorrentes. Existem áreas de interseção entre áreas primária, secundária e terciária desses shoppings. Se você for analisar da parte regional e dizer que aqui não tinha nada e o pessoal ia para lá, tudo bem. Mas tem muita gente daqui que trabalha lá e pode na passagem parar. No primeiro momento não teremos cinema. E sempre são concorrentes.

E se são concorrentes, qual será o diferencial do Norte Shopping para fazer o cliente parar aqui?
A localização dele para atender o público da zona Norte. Você pode até analisar os outros como concorrentes. Mas se a gente oferecer tudo que os outros oferecem, shopping totalmente climatizado, estacionamento amplo, em termos de mix de produtos vai atender tudo. Os outros têm tudo isso também, mas nós estamos ao lado deles (da população da zona Norte).

Em mix de produtos o shopping vem completo?
Completo. Estaremos com todo segmento.

E o estacionamento: gratuito ou pago?
O estacionamento não será cobrado, inicialmente não.

A gratuidade do estacionamento é uma estratégia de marketing para atrair clientes inicialmente ou uma política do Norte Shopping?
É uma política inicial do Norte Shopping. Não sei o que acontecerá na frente. Mas a gente acha que não cabe no momento uma cobrança de estacionamento nesse shopping.

Todos os shoppings de Natal cobram estacionamento, com exceção de um que não cobra. Quem está certo?
Veja o seguinte, se a gente fosse cobrar seria mais barato o cliente que mora na zona Norte vir ao Norte Shopping e pagar do que se deslocar até o Midway e pagar. Mas acho que o efeito do pagamento fica muito. Não queremos criar nenhum entrave de entrada. Não queremos deixar nenhum questionamento a ser levantado.

Um investimento de R$ 50 milhões, em quantos anos terá o retorno?

Em dez anos. Shopping é sempre investimento de longo prazo.

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