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Envolvidos em desvios de dinheiro no Idema confessam esquema

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O chefe da Unidade Instrumental de Finanças e Contabilidade do Idema, João Eduardo de Oliveira Soares, e o empresário e ex-chefe do mesmo setor, Clebson José Bezerril, confessaram, em depoimento prestado à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e ao Grupo de Atuação Especial ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco), envolvimento no esquema corruptivo que desviou R$ 19,3 milhões dos cofres do Idema. A confissão, feita ontem ao longo do depoimento prestado aos promotores logo após serem presos, foi confirmada à TRIBUNA DO NORTE no início da tarde desta quinta-feira (3) por uma fonte ligada ao processo. Não houve, até o momento, assinatura de acordo de delação premiada.

#SAIBAMAIS#Os principais detalhes sobre o funcionamento da associação criminosa foram repassados aos promotores por João Eduardo de Oliveira Soares, que teria embolsado R$ 4,3 milhões através da empresa registrada em seu nome – J E de O Soares ME – e pela qual respondia como representante – a M D S de Lima Serviços ME. 

O acusado foi servidor do Idema entre 2009 e 2012. Em seguida, integrou o quadro funcional da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), como coordenador Administrativo Financeiro de Controle Documental até 2013 e retornou ao Idema no ano passado. A função de João Eduardo hoje continua a de chefe da Unidade de Instrumental de Finanças e Contabilidade do Instituto.

Outro acusado que também colaborou para o avanço das investigações foi Clebson José Bezerril. Ele foi estagiário do Idema e depois passou a chefiar o Departamento Financeiro da instituição. De acordo com o Ministério Público, o ex-diretor administrativo Gutson Reinaldo e Clebson Bezerril eram responsáveis pela assinatura dos ofícios que autorizavam o Banco do Brasil a efetuar depósitos e transferências nas contas das empresas envolvidas no esquema. Eram esses ofícios que davam o tom de legalidade da prática criminosa. Nenhum dos documentos, porém, tramitou pelo órgãos de fiscalização externa.

Conforme informado à TRIBUNA DO NORTE, com a confissão dos ilícitos, João Eduardo de Oliveira Soares e Clebson José Bezerril deverão deixar o Centro de Detenção Provisória da Ribeira (CDP Ribeira), onde dividem uma cela com Antônio Tavares Neto e Renato Bezerra de Medeiros, também acusados, ainda hoje. Segundo apurado pela reportagem, após as confissões e o compromisso com colaboração na investigação, não havia motivos para a manutenção da prisão dos suspeitos.

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