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Equipe do Into capacita os profissionais do Walfredo

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SAÚDE - Paulo Lima está feliz porque o filho poderá ser operadoO Hospital Walfredo Gurgel começa a operar cirurgias ortopédicas infantis e de quadril a partir desta semana. A novidade se deve à visita do Instituto Nacional de Traumato-ortopedia (Into), que estava programada há meses, mas foi anulada em razão da greve dos médicos, que durou 67 dias. Os representantes do órgão chegaram a Natal ontem e ficarão até a sexta-feira. O grupo veio trazer e incluir o Rio Grande do Norte no Programa Suporte, do Ministério da Saúde, que dotará o hospital de estrutura suficiente para realizar cirurgias de média e alta complexidade em ortopedia.

Durante esta primeira etapa, o foco será em ações de assistência e educação. Segundo explicou o gerente do Programa Suporte, Jorge Ataualpa, serão realizadas cirurgias e jornadas científicas, que capacitarão médicos, enfermeiros e fisioterapeutas para este tipo de cirurgia. Além disso, o Estado receberá do MS um incremento material da ordem de R$ 2 milhões e 350 mil, que equiparão os setores de cirurgia ortopédica do hospital.

De acordo com o gerente do programa no Estado, Jean Valber, a importância dessa primeira visita do Into é o intercâmbio científico, que proporcionará um maior ganho de conhecimentos por parte dos profissionais e a doação dos equipamentos, que fará com que os procedimentos continuem sendo colocados em prática. Cerca de 20 médicos participam do programa essa semana e a próxima visita do instituto deve acontecer até a metade deste ano.

“O objetivo é tornar a rede hospitalar pública, principalmente do Norte e Nordeste – onde é mais precária – auto-suficiente no que diz respeito à traumato-ortopedia”, disse Ataualpa. Ele explicou que se trata de um programa de cooperação técnica entre o MS e as Secretarias Estaduais e Municipais de todo o país, e está sendo implementado por etapas em vários estados para ser executado durante cinco anos. “Já temos 11 estados participando do programa e estamos firmando parceria com mais 13”, informou ele, ressaltando que todos os estados do Norte e Nordeste já estão incluídos.

“Essa visita não tem nada a ver com a demanda gerada e agravada com a greve dos médicos. O hospital já vem se preparando para essa adequação há bastante tempo”, ressalvou o diretor técnico do Walfredo Gurgel, Petrônio Spinelli. Segundo ele, não há pretensão de a Secretaria Estadual de Saúde transformar o hospital como única referência na área de ortopedia, mas sim, em descentralizar o serviço, que antes era dependente dos hospitais privados. “Não queremos resolver todos os problemas, apenas parte deles, criando uma maior independência do setor.”

Ontem à tarde já estava sendo executada a fase ambulatorial do programa, pela qual é feita a triagem dos pacientes. O filho do operador de máquinas Paulo Sérgio Matias de Lima, Kauan, de apenas seis meses de idade, espera há quatro meses por uma cirurgia de correção no pé esquerdo. “Estou aliviado e feliz por saber que finalmente meu filho vai poder fazer essa cirurgia, que já ficou bastante atrasada por conta da paralisação dos médicos.”

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